A prefeita de Fernandópolis, Ana Bim, explicou em entrevista, nesta quinta-feira, os motivos da saída do engenheiro José Luiz Mastrocola da Diretoria Municipal de Obras. Segundo ela, a causa principal foi a grande ocupação do assessor em projetos particulares, que dificultavam sua permanência na pasta.
A declaração de Ana Bim afasta especulações de que o engenheiro teria sido demitido por causa de suas relações com membros da Câmara Municipal ou por ter contrariado ordens do Executivo. Com respostas curtas e lacônicas, Ana Bim disse que o relacionamento dela com os diretores sempre foi saudável e que o veto à ligações da assessoria com a Câmara foi para atrair vereadores ao gabinete da Prefeitura.
Desde a demissão de Mastrocola, no início da semana, a pasta está sendo dirigida pelo engenheiro ambiental Fabrício Salione, que acumula a Diretoria do Meio Ambiente. Por enquanto, segundo a prefeita, Salione vai ficar por lá para “tocar os serviços que estão em andamento” ou, pelo menos até segunda-feira, quando Ana Bim pretende anunciar o novo titular da pasta.
Na entrevista concedida ao repórter Ivan Gomes (Rádio Difusora), Ana Bim disse que o maior desafio da pasta de Obras é a execução do Anel Viário, para ligar a rodovia Euclides da Cunha e os armazéns da Usina Coruripe, e desviar o trânsito de caminhões e carretas da área urbana. A prefeita admitiu que o tráfego de veículos pesados provoca problemas à população, com danos ao asfalto e risco de acidentes, mas não justificou a demora no início das obras. Ao contrário, Ana Bim disse que o projeto elaborado pelo ex-prefeito Rui Okuma existia apenas no papel e que era apenas “um sonho”.
Agora, com o planejamento da pavimentação do trecho que corta uma fazenda do Grupo Arakaki, a Prefeitura deve reunir-se com empresários para definir a ação de cada um para o início das obras.
