A Polícia Ambiental de Nhandeara flagrou, no início da tarde de ontem, um desmatamento em uma propriedade rural daquele município. No total, 33 árvores foram arrancadas da fazenda Santa Luzia, para dar espaço ao cultivo da cana-de- açúcar. O fato foi descoberto por denúncia. Segundo informações do policial ambiental José Antônio Bolotário Dalbem, por volta das 13h30, o patrulhamento chegou na fazenda, localizada a sete quilômetros de Nhandeara. Os policiais viram alguns homens que operavam máquinas agrícolas — uma pá carregadeira e dois tratores traçados. Dalbem contou que os homens arrancavam as árvores e as empurravam para uma vala, onde eram enterradas. Na contagem feita pela Polícia Ambiental, 33 árvores foram arrancadas, mas estima-se que o número seja ainda maior, já que a área total do pasto é de 25 alqueires. O proprietário da fazenda, o lavrador J.G., de 73 anos, disse que parte da fazenda foi arrendada pelo rio-pretense G.S. Entretanto, o lavrador contou que o arrendatário iria usar sua parte para plantar cana, mas ambos apenas fizeram um acordo verbal, não provando o fato para os policiais. A Ambiental de Nhandeara também flagrou que o local onde as árvores estavam sendo enterradas, interferia em uma nascente da propriedade, impossibilitando a passagem de água. Dalbem informou que algumas árvores ainda permanecem no local. Até o fechamento desta edição, a autuação sobre o fato não teria sido concretizada, pois o caso passará por investigações para descobrir quem será o culpado pelo desmatamento. Dalbem falou que o acusado será autuado no artigo 48 da Lei 9.605/98, por crime ambiental, principalmente por ter prejudicado a passagem da nascente da propriedade, podendo ser preso, pagar multa e ter que repor as árvores arrancadas. O valor a ser pago para quem derruba árvores ilegalmente é de R$ 146 cada unidade. O caso será encaminhado para o Fórum de Nhandeara.
