sexta, 27 de dezembro de 2024
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Alunos que xingaram menina de ‘macaca’ trocam de sala em escola

Quatro alunos do ensino fundamental que xingaram uma menina negra de 12 anos de “macaca”, “cabelo de bombril” e “capacete de astronauta” trocaram de sala após a determinação judicial de…

Quatro alunos do ensino fundamental que xingaram uma menina negra de 12 anos de “macaca”, “cabelo de bombril” e “capacete de astronauta” trocaram de sala após a determinação judicial de manterem distância de 100 metros da vítima. O caso aconteceu em uma escola municipal de Novo Horizonte, interior de São Paulo.

Medida protetiva e mudança de sala

A mudança de sala de aula foi necessária após a vítima solicitar medida protetiva, que foi concedida pela Justiça. A menina, que possui a pele negra e os cabelos trançados, também foi agredida fisicamente pelos alunos, segundo relato da mãe.

Agressões e ofensas

No dia 11 de março, a mãe da menina registrou um boletim de ocorrência por preconceito de raça ou cor. Ela relatou que cinco alunos, sendo os quatro da mesma sala que a filha, jogaram terra e fezes de gato no uniforme da menina, a jogaram no chão e a pisotearam.

Sofrimento e pedido de justiça

A mãe da menina lamentou o sofrimento da filha e clama por justiça. “Ela chorava muito. Não quero que nunca mais que alguma criança sinta o que a minha sentiu. Para que nunca mais uma mãe chore que nem eu chorei de dor ao ver minha filha na situação que eu vi. Quero justiça”, disse.

Reincidência e racismo

Em depoimento à Polícia Civil, a menina confirmou que não é a primeira vez que é agredida verbalmente pelos alunos devido à cor da pele. “Eu me sinto triste. Minha cor e meu cabelo. Isso dói muito. Eles me xingaram, me humilharam, me chamaram de macaca”, contou a menina.

Investigação e repúdio ao racismo

A escola negou que se trate de um caso de racismo e disse que está apurando o ocorrido. A Polícia Civil investiga o caso.

Ação legal e acompanhamento

A advogada da família explica que a medida protetiva visa garantir a segurança da menina. “Esses 100 metros, dentro da escola, às vezes não é possível cumprir por eles estarem no mesmo ambiente. Mas precisa da supervisão da unidade para que não aconteça de novo. Agora, fora da escola, caso eles descumpram, os agressores são enviados para a Fundação Casa”, disse.

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