Na última quinta-feira (18), os alunos do curso Jovem Aprendiz da unidade do SENAC de Votuporanga, participaram do projeto Roteiros Culturais, realizado pelo Museu Municipal Edward Coruripe Costa.
Segundo o encarregado do Setor de Museus e Patrimônios Históricos da Secretaria da Educação, Cultura e Turismo de Votuporanga, Evandro Junior Ferreira da Silva, “o roteiro iniciou na Estrada Boiadeira, próximo a Vila Carvalho, distrito de Votuporanga, com um trecho de caminhada de cerca de 1 km, quando os alunos puderam interagir com a antiga estrada e apreciar a fauna e flora que, em determinado trecho praticamente fecha a estrada, formando uma espécie de túnel”, relata.
Durante a caminhada, o próprio Evandro contou a história da estrada e a sua importante função nos anos 30, 40 e 50 para o município e toda a região. A próxima parada foi na Vila Carvalho, com uma vista à capela, datada de 1925, e à casinha de Dona Palmira, a moradora mais antiga do local, que faleceu no ano passado com 106 anos.
O grupo ainda visitou a antiga venda e o cemitério, observando o túmulo do fundador da vila, o Coronel Felicio José de Carvalho, ouvindo peculiaridades históricas e culturais sobre o local. Os últimos sepultamentos foram em 1937 e o cemitério está desativa a mais de 70 anos.
Os alunos seguiram pela Boiadeira até o Bairro Cruzeiro, outro distrito rural da cidade.
“Depois de um lanche ao lado da antiga capela fomos conhecer o Cruzeiro da Prata, um interessante e misterioso cercado de lascas de aroeira com uma enorme cruz ao centro, cheio de pedras e imagens sacras”, conta Evandro. Para ele, “este projeto do museu é importantíssimo para que o visitante descubra que estamos bem próximos a lugares que fizeram parte da formação de vilas e cidades e que hoje resistem ao tempo e as transformações ambientais.
Caminhar pela “velha Boiadeira” é interagir com o meio ambiente, com elementos históricos e culturais que foram deixados ou construídos pelas comitivas de gado, famílias e moradores que trouxeram suas experiências de vida que hoje fazem parte de nossa identidade cultural”, conclui.