terça, 19 de novembro de 2024
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Alunos da zona sul da capital vencem 2ª Jornada de Matemática

Em final disputada, a equipe “Os Verdes”, da Escola Estadual Itiro Muto, no bairro Parque das Nações, zona sul da capital, venceu a 2ª Jornada de Matemática. A última etapa…

Em final disputada, a equipe “Os Verdes”, da Escola Estadual Itiro Muto, no bairro Parque das Nações, zona sul da capital, venceu a 2ª Jornada de Matemática. A última etapa do campeonato promovido pelo Governo do Estado para estimular e envolver os alunos na aprendizagem da matemática foi realizada nesta terça-feira, 2, no Teatro Franco Zampari, na capital. Em seguida, os finalistas foram recebidos pelo governador José Serra, no Palácio dos Bandeirantes, que entregou os diplomas e prêmios aos estudantes e professores que chegaram à final da competição.

O governador destacou que o objetivo da Jornada é treinar estudantes em matemática, além de divertir, reunir e aumentar conhecimentos. Ele destacou a importância de melhorar o aprendizado de matemática porque, em geral, nos exames que o Estado realiza, os estudantes paulistas costumam se sair melhor em Língua Portuguesa.

“Eles precisam ir melhor ainda em Português e melhorar em matemática. É muito importante para a vida isso. É muito importante para poder continuar bem os estudos. Daí a Jornada e os prêmios”, disse.

A 2ª Jornada de Matemática contou com a participação de 203 mil alunos da 4ª série do Ensino Fundamental de 1.400 escolas estaduais da capital, grande São Paulo, interior e litoral. O dobro do ano passado, quando foi disputada por quase 100 mil estudantes da capital e grande São Paulo. Outra novidade na competição este ano é que, além de cálculo mental, as provas abordaram problemas matemáticos.

Para chegar à final, as seis equipes – sendo três do interior (Fernandópolis, Itapetininga e São Carlos), duas da capital (zonas sul e leste) e uma da Grande São Paulo (Guarulhos) – participaram de uma disputa que envolveu a realização de aproximadamente 100 milhões de cálculos. As etapas eliminatórias foram realizadas durante todo o segundo semestre deste ano nas 83 diretorias de ensino do Estado. Chegaram ao final 30 concorrentes, divididos em seis grupos.

Cada um dos cinco integrantes da equipe vencedora ganhou um laptop. Todos os 30 finalistas (inclusive os primeiros colocados) receberam uma biblioteca de livros e jogos educativos, um baú para guardar os livros e um kit de pintura com cavalete. A Escola Estadual Itiro Muto, onde estuda a equipe vencedora, ganhou uma mesa oficial de tênis com acessórios, uma mesa de aero-hockey e um aparelho de DVDokê. Os professores orientadores também foram premiados e receberam um kit de livros. “Em grande parte o aprendizado é fruto do trabalho dos professores. Queremos que eles sirvam de exemplo dentro de todo o magistério do Estado de São Paulo”, ressaltou Serra.

A matemática e o circo
Com o tema “A Matemática e o Circo”, a final foi realizada durante uma grande apresentação circense que explorou conceitos matemáticos por meio dos números de circo.

“A matemática é uma ciência precisa, o circo também. Um acrobata que errar um salto nas alturas pode perder a vida. A matemática explora conceitos como espaço, lateralidade, altura, probabilidades. Tais conceitos estão presentes nos números circenses”, afirmou a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

Todo o figurino usado pelos artistas do circo também estava repleto de conceitos matemáticos, onde até as roupas eram focadas em figuras geométricas.

Premiação foi recebida no Palácio dos Bandeirantes
No Palácio dos Bandeirantes, as crianças e professores receberam do governador certificados de participação e as premiações.

Antes da cerimônia de premiação, os alunos visitaram a exposição “Pessoas Modernas” e foram convidados a observar a geometrização da figura humana feita pelos artistas e identificá-la no próprio corpo, indicando formas triangulares, ovais, quadradas, circulares e retangulares. A atividade não valia ponto, nem classificava, mas empolgou o grupo.

A jornada
A Jornada de Matemática foi idealizada com o objetivo de derrubar o mito de que a matéria é inacessível ou de difícil compreensão e teve como um dos focos o trabalho em equipe. Em classe, os alunos eram convidados a descobrir diferentes formas de calcular e a desenvolver estratégias de cálculo mental, envolvendo as quatro operações, e resolução de problemas numéricos cotidianos. Com isso, criou-se um ambiente favorável ao ensino e aprendizagem da matemática em sala de aula.

Na medida em que os grupos se aproximavam da etapa final, a matemática ganhava espaço também fora das aulas. Os seis grupos finalistas passaram a se reunir nas escolas, em outro horário, para estudar.

Fernandópolis
Apesar de ter considerado a semi-final mais fácil que outras etapas da competição, Bianca Leppri de Souza, de 10 anos, que nunca teve nota inferior a 8 em matemática, se reunia no período da tarde para estudar com os colegas de equipe da Escola Estadual Coronel Francisco Arnaldo da Silva, em Fernandópolis. “Para estudar matemática é preciso deixar a memória limpa, porque matemática é concentração”, ensinava. Já quando o assunto era Jornada de Matemática, ela sentenciava: “O trabalho em equipe é tudo”.

Para coordenadora pedagógica da escola de Fernandópolis, Cleonice Scalise, a Jornada representou um incentivo para o aprendizado da disciplina.

“As crianças melhoraram bastante o desempenho porque perceberam que basta estudar para conseguir se sobressair. Todas as classes ficaram mais empolgadas com a matemática”, concordou a professora Maria Aparecida Freitas, da Escola Estadual Pastor Vasques Lopes, em Itapetininga. Para ela, o que mais animou os alunos foi o fato das atividades valerem pontos em uma competição e não apenas a nota.

Novidade para 2009
De acordo com a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, a Jornada de Matemática deve crescer ainda mais no ano que vem. Segundo ela, estuda-se a possibilidade de incluir na disputa alunos de 5ª ou 6ª séries do Ensino Fundamental. “A Jornada sempre ajuda porque as crianças ficam muito motivadas. É um jeito divertido, agradável de aprender e derrubar o mito de que matemática é complicada e ninguém aprende”, afirmou. (Cíntia Cury)

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