quinta-feira, 10 de outubro de 2024
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Aluna do curso de Jornalismo da FEF produz reportagem em HQ

As histórias em quadrinhos já fizeram ou ainda fazem parte da vida de muitas pessoas. Podem ser sobre super-heróis ou de personagens inesquecíveis como a Turma da Mônica. São lidas…

As histórias em quadrinhos já fizeram ou ainda fazem parte da vida de muitas pessoas. Podem ser sobre super-heróis ou de personagens inesquecíveis como a Turma da Mônica. São lidas por todas as idades e muitas vezes utilizadas nas escolas ou empresas como material de instrução para colaboradores. Quem nunca leu uma HQ?

Nos últimos anos, este formato de narrativa deixou de fazer parte apenas do mundo da ficção e ganhou espaço no jornalismo, por meio das reportagens em HQ. O jornalista e artista de quadrinhos Joe Sacco publicou em 1996, a reportagem em quadrinhos “Palestina”. Como o passar dos anos, esse tipo de narrativa também começou a ser utilizado pelos veículos de comunicação brasileiros.

Gabriela Garnica Marin, estudante do oitavo semestre do curso de Jornalismo da Fundação Educacional de Fernandópolis escolheu o formato de narrativa em HQ para o TCC que será defendido no início de dezembro. A reportagem “Romaria: HQ sobre uma história de Fé” tem como temática a Romaria Diocesana da cidade de Jales e a ligação do evento com uma família devota. Gabriela é jalesense e no TCC ela quis abordar temas que fizessem parte do município. “Meu objetivo foi trazer um lado cultural e da tradição de Jales. A romaria é um evento muito emocionante que acontece há 35 anos e atrai um número significativo de fiéis”.

O Trabalho de Conclusão de Curso de Gabriela é orientado pela professora e jornalista Andresa Lopes Oliveira. Para a construção da narrativa a aluna precisou tecer um referencial teórico sobre jornalismo literário e arte sequencial. Além da construção da reportagem, as poucas pesquisas brasileiras sobre este formato de narrativa jornalística foram alguns dos desafios que a estudante encontrou durante a produção do trabalho. “No Brasil, apesar de algumas manifestações, o formato em HQ para reportagens ainda é tímido. Joe Sacco começou a fazer reportagem em HQ no ano de 1996. No Brasil, a primeira reportagem neste formato foi publicada em 2003 pela Revista Super Interessante. No entanto, esse formato é atrativo para os leitores, o que deve favorecer o aumento de veículos de comunicação (impressos e digitais) que o utilize”, explicou a orientadora.

A produção de roteiros para reportagens em HQ é uma das áreas que devem oferecer mais vagas de trabalho para jornalistas, pois há uma tendência de inovação no jornalismo e isso inclui narrativas mais atrativas como as HQs. “Eu me apaixonei por esse modelo de produzir. É contar uma história real e cativar leitores com a construção de diálogos e cenários”, declarou Gabriela.

Na produção, Gabriela manteve as tradicionais funções do jornalista: entrevistar, pesquisar informações e verificar. Depois, estruturou a reportagem e a adaptou para a linguagem e estrutura de roteiro de uma HQ. O ilustrador Leonardo de Souza Ferreira e o arte finalistaMateus Masson dos Santos ficaram responsáveis pelas imagens da HQ.

O trabalho de Gabriela é em formato inédito nas faculdades de jornalismo da região.

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