Aos 21 anos, Maria Eduarda Silva Costa, natural de Estrela D’Oeste e residente em Votuporanga, segue sua jornada no 8º período do curso de Medicina da Unifev, com a determinação de transformar sua paixão em profissão. Desde criança, o sonho de ser médica sempre esteve presente, embora tenha passado por desafios pessoais que a afastaram temporariamente de sua vocação.
Aos 13 anos, Maria vivenciou a primeira experiência que desafiaria seu sonho e mudaria sua rota temporariamente. “Quando meu pai faleceu, meu sonho de ser médica ficou distante. Decidi seguir os passos dele e me aprofundei na Educação Física, até abrir minha própria escola de ballet”. Com a chegada da pandemia, em 2020, a jovem foi impactada pelo cenário global, e o desejo de ajudar voltou. “Ficar em casa, observando o mundo, me fez perceber que meu verdadeiro amor estava na Medicina, para cuidar de pessoas”, compartilhou Maria Eduarda.
A decisão de se dedicar à Medicina não foi fácil. A preparação para o vestibular envolveu um segundo desafio: um período de mudança e adaptação. “Mudei para Campinas para fazer cursinho, e tudo aconteceu bem rápido. Logo minha mãe me falou do vestibular da Unifev e, mesmo sem muita esperança, me inscrevi no último dia do prazo. No final, quando fui aprovada, fiquei surpresa e, confesso, um pouco assustada com a responsabilidade, já que minha família não tinha condições financeiras para bancar uma faculdade particular, mas a felicidade e a gratidão foram imensas, e sei que tudo estava nos planos de Deus”, confidenciou.
Após a aprovação no vestibular, a família se uniu para superar o terceiro contratempo e matricular Maria Eduarda no tão desejado curso de Medicina. “Vendemos o carro, colocamos a casa à venda e meu padrasto mudou de emprego. Além disso, eu pude contar com o Mútuo Educacional, um financiamento próprio que a Unifev oferece aos alunos, e que me ajuda muito”, explicou.
Graças ao esforço de todos, a experiência acadêmica que Maria vive tem sido enriquecedora. Ela destacou a forma como os módulos são divididos no curso, o modelo Problem-Based Learning (PBL) e a importância da experiência prática, que contribuem para seu desenvolvimento tanto pessoal quanto profissional. “Os professores são extremamente humanos, e isso torna nossa jornada mais leve. A convivência em grupo e o aprimoramento da minha oratória têm sido aspectos fundamentais da minha evolução”, afirmou.
Além do aprendizado acadêmico, a jovem é engajada com a The International Federation of Medical Students Associations (IFMSA), por meio do comitê Sexual & Reproductive Health and Rights including HIV & AIDS (SCORA). Em relação ao futuro, a Pediatria tem ganhado espaço em seu coração. “A área me encanta. Acredito que é um mundo mágico e é para lá que quero direcionar minha carreira. O cuidado com as crianças me emociona muito, e quero seguir assim”, revelou.
Com o incentivo do núcleo familiar, que celebra sua conquista como a primeira médica da família, Maria Eduarda se tornou um exemplo de determinação e perseverança na busca pelos seus sonhos. “A Medicina é desafiadora, mas muito gratificante. Ela exige dedicação, empatia e paciência. Você precisa estar preparado para lidar com a vida das pessoas e, acima de tudo, com um atendimento humanizado. Nunca parar de aprender, pois a Medicina representa uma constante evolução”, finalizou.
