Um fenômeno que está impactando a nossa economia, e também as de outros países, tem preocupado os brasileiros que vão para o exterior. A alta do dólar encareceu muito as viagens internacionais.
Há oito anos Luiz viaja nas férias para visitar a filha que mora fora do país. Como planeja tudo com antecedência, consegue bons preços nas passagens. Mas a compra do dólar que vai levar sempre fica pra última hora.
“Há uns dois meses atrás esteve bem mais baixo. Só que na época eu não tinha o dinheiro pra poder comprar”, conta o engenheiro Luiz Sergio Motta.
A recuperação da economia americana fez aumentar a procura por dólar. Com menos oferta da moeda aqui, a cotação subiu.
E bateu recorde na semana passada. Hoje o dólar fechou em 2,129. Em alta de 0,09%.
Em uma agência de viagens, a venda de pacotes internacionais chegou a cair 10% por causa do câmbio.
“Nós renegociamos com todos os fornecedores para manter uma tarifa competitiva e poder atender bem nossos clientes”, explica a gerente de viagens Marisa Escotecci.
Para quem viaja pro exterior, alta da moeda americana tem efeito imediato. Aí uma escolha difícil se impõe. Comprar tudo à vista, com a cotação do dia, ou usar o cartão de crédito e esperar para saber qual vai ser o valor do dólar no dia de pagar a fatura.
Até para os economistas a pergunta é difícil. José Júlio Senna diz que, para quem vai viajar daqui a alguns meses, o melhor é comprar aos poucos.
“Distribuir ao longo do tempo as aquisições da moeda estrangeira, para tentar fazer um preço médio. Escapando dessa maneira de fazer uma grande aposta”, diz José Júlio Senna.
Os brasileiros que já estão lá fora também ficaram preocupados.
“Essa alta do dólar realmente pesa um pouco, não é?”, diz a empresária Marilena Santana, de Curitiba.
Muitos estão fazendo de tudo para evitar uma surpresa ruim quando chegar a fatura do cartão aqui no Brasil.
“Essa alta do dólar fez com que realmente a gente pensasse duas vezes antes de comprar”, diz um turista brasileiro.
