O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC -S) fechou março com alta de 0,45%, segundo cálculo realizado pela Fundação Getulio Vargas. Seis das sete categorias do grupo de despesas pesquisadas indicaram aumento, com destaque para os itens alimentícios, que 0,62%.
A maior pressão foi constatada entre as verduras e legumes, com um salto na média de 0,21% para 3,18%. As frutas que vinham apresentando deflação de (-1,07%) foram corrigidas em 0,78%. Os pães e biscoitos saíram de uma oscilação de 1,49% para 1,87% e no caso das carnes bovinas, foi mantida variação negativa (-1,82%), mas com rítmo de recuperação de preços, já que no período anterior, elas haviam sido cotadas na média em (-2,32%).
No grupo Habitação, a taxa subiu de 0,34% para 0,47%. Segundo o coordenador da pesquisa, Paulo Picchetti, essa elevação está associada às variações de preços nas tarifas de energia elétrica. Em sua análise, o resultado do IPC -S não deve ser visto como um reflexo de uma situação macroeconômica.
“Não é sinal de aquecimento excessivo da demanda e sim uma consequência de desequílibrio de oferta de forma muito localizada”, analisou ele. O economista referia-se ao impacto sobre o índice de altas como a do tomate, por exemplo, que, na pesquisa anterior havia subido 5,35% e, no fechamento do mês, “mais do que quintuplicou” com a taxa de 23,53%.
Os maiores aumentos por itens foram os seguintes: tomate (23,53%), tarifa de energia elétrica (1,11%); óleo de soja (8,98%), leite tipo longa vida (2,53%) e refeição em restaurante (1,47%). Já as maiores quedas foram: feijão carioquinha (-8,52%), Batata Inglesa (-5,83%), Maçã Nacional (-14,88%), mamão da Amazônia, papaya (-7,45%) e alcatra (-3,53%).
O IPC-S é calculado com base em apurações realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife e Salvador.
Picchetti não faz projeções sobre a inflação, mas acredita que neste mês de abril o IPC-S deve sofrer algum impacto com a entrada em vigor dos novos preços dos medicamentos.