A adaptação de uma moto Yamaha para funcionar com álcool e gasolina transformou-se no assunto principal de um encontro entre diretores da usina Alcoeste e da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar, ontem a tarde, em Fernandópolis.
A novidade representa, segundo o presidente da entidade, um passo a mais na ampliação do consumo do combustível no país e um avanço mundial da tecnologia de transporte. Eduardo Pereira de Carvalho disse que a criação da moto e a expansão da montagem de carros flex representam a estabilização do setor.
A moto foi apresentada a diretores da Associação e à imprensa pelo empresário Luis Antônio Arakaki, que vai se reunir nesta quinta-feira com representantes da Yamaha. Ele pretende mostrar que a adaptação foi apenas uma mudança mecânica no motor, semelhante a que é feita há três anos em automóveis.
Na entrevista coletiva, Eduardo Carvalho frisou o aumento da produção de álcool para o atendimento da demanda interna e para a ampliação do mercado exterior. A opinião de Eduardo Carvalho é acompanhada pelo presidente da Alcoeste, Titosi Uehara. Ele disse ontem que a expansão do mercado brasileiro, com a produção acentuada de carros bi-combustíveis vai garantir a venda de álcool.
Titosi Uehara disse que tem plena confiança nas empresas do setor, que possuem grande preocupação com o abastecimento do mercado brasileiro.
Enquanto os diretores participavam de encontro com a Associação das Usinas, um grupo de trabalhadores realizou uma manifestação, numa das fazendas produtoras de cana-de-açúcar. Eles reclamam de cortes nos salários e do não cumprimento de acordos coletivos para vantagens da categoria.
No início da noite, a Alcoeste divulgou que fará reunião hoje com os líderes do movimento para conhecer as reivindicações.
