segunda, 25 de novembro de 2024
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Alckmin troca comando da Polícia Militar paulista

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje (24) a troca de comando da Polícia Militar (PM) no estado. Entra o coronel Nivaldo Cesar Restivo, que comandava a Tropa…

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje (24) a troca de comando da Polícia Militar (PM) no estado.

Entra o coronel Nivaldo Cesar Restivo, que comandava a Tropa de Choque, e sai o coronel Ricardo Gambaroni, que estava à frente da corporação desde janeiro de 2015.

“O coronel Nivaldo Restivo é um homem que dedicou a vida inteira à Polícia Militar, um estrategista com grande experiência e trabalho na área operacional da PM. Tenho certeza de que, com uma boa equipe, dará continuidade ao trabalho do coronel Gambaroni e trará inovações para a segurança de São Paulo”, disse o governador, no anúncio sobre a troca.

Restivo é um dos policiais que responderam a processo pelo massacre do Carandiru, por não ter impedido que policiais sob seu comando praticassem crimes na ocasião, quando 111 presos foram executados em um presídio de São Paulo, em outubro de 1992. No ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou todas as condenações dos policiais julgados pelo massacre.

Em entrevista coletiva na tarde de hoje, o secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que a troca foi uma “coisa absolutamente rotineira. Aproximava-se o momento do comandante Gambaroni passar para a inatividade, que será completada em maio”. Segundo o secretário, o nome do coronel Restivo foi apresentado pelo próprio alto comando da Polícia Militar.

Indagado sobre o fato de o novo comandante ter respondido a processo pelo massacre do Carandiru, Barbosa Filho disse que houve um equívoco e que ele foi denunciado por crime de menor potencial ofensivo. “O coronel Nivaldo era integrante do 2º Batalhão de Choque [na época] e era tenente da logística. Ele não tinha tropa. Não tinha mando de tropa. Ele esteve no Carandiru e não ingressou em pavilhão nenhum daquele sistema penitenciário. A tarefa dele era dar apoio logístico à tropa, era verificar se todo o material necessário para a tropa estaria lá.”

Segundo o secretário, a presença de Restivo no episódio se resumiu a isso. “Ele não teve contato algum com a tropa que estava no interior, não teve contato algum com qualquer das pessoas que estavam ali presas. Houve uma denúncia por atacado. Todos os policias que estavam em serviço no Carandiru naquela ocasião foram denunciados. O crime atribuído a ele [Restivo] naquela ocasião era de menor potencial ofensivo.”

Segundo nota da secretaria, Restivo está na PM há 35 anos e já comandou o 1º Batalhão de Choque (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar – Rota), o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e o Comandos e Operações Especiais (COE), subordinados ao 4º Batalhão de Choque. “O coronel é tido pelos subordinados como um comandante diligente, justo e de linha operacional, além de calmo e bem-humorado quando fora de missão”, diz a nota.

“[O que espero do] novo comandante é que a PM continue a mostrar eficiência, que continue a mostrar ser a melhor força policial do país”, disse o secretário.

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