A nova agência do Banco do Brasil que substituiu o Banco Nossa Caixa em Fernandópolis, poderá ter o alvará cassado pelo descumprimento da Lei Municipal nº 2.984 de 17 de agosto de 2005 de autoria do ex-prefeito Massanobu Rui Okuma que limita o tempo de espera nas filas bancárias.
A Lei não esta sendo cumprida pelas agências bancárias de Fernandópolis e ultimamente se agravou com a mudança da agência da Nossa Caixa para o Banco do Brasil. Nota-se que o despreparo de funcionários e quem sai perdendo é o correntista que paga pelo erro da migração bancária.
Nos primeiros dias do mês de junho, a agência 6778 do Banco do Brasil em Fernandópolis ficou lotada. O número reduzido de funcionários provocou insatisfação e protesto de clientes que registraram boletins de ocorrência contra o banco.
O setor de fiscalização da Prefeitura de Fernandópolis foi chamado ao local e multou o banco por duas vezes, mas os erros e a demora no atendimento continuam provocando irritação e desconforto aos clientes. O banco corre o risco de ter o alvará cassado e ficar fechado por alguns dias.
A aposentada Alaíde Maria, 60 anos, ajudante de idosos, disse que o atendimento está uma “porcaria” e com a mudança ficou muito mais complicado. Ela teve que descontar um cheque para pagar as contas e não foi possível dar prosseguimento a transação porque o sistema estava fora do ar.
Roseli da Silva, 27 anos, faxineira, que mora a 17 km de Fernandópolis, diz sofrer um transtorno com essa nova migração do banco. Ela que mora em um sítio em Pedranópolis, já teve que voltar duas vezes a agência de Fernandópolis para resolveu um problema, mas, não teve êxito. “Do jeito que está não dá pra continuar com este banco. Perdi dois dias de serviço e não conseguem resolver meu problema. Ficam passando de um funcionário para outro”, concluiu.
Uma nova medida está sendo estudada pelos vereadores da Câmara de Fernandópolis na ampliação do valor da multa que hoje é de R$ 800 reais. Com uma emenda a Lei, a multa passaria a cerca de R$ 20 mil por incidência e na terceira notificação o fechamento da agência.
Outra proposta é para que o banco forneça um protocolo de atendimento ao cliente contendo o horário de chegada e do atendimento. Este bilhete seria uma comprovação do atendimento e poderia ser usado em ações judiciais contra o banco que descumprir a lei.
A lei atual prevê que o cliente seja atendido em até 20 minutos em dias normais e 30 minutos em véspera e no dia seguinte aos feriados
prolongados ou, ainda, no 5º (quinto) dia útil de cada mês.
A primeira Lei foi de autoria do ex-vereador Milton Cesar Bortoleto aprovada em 1998 e alterada em 17 de agosto de 2005.
