segunda-feira, 23 de setembro de 2024
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Afegã foi incendiada por cozinhar mal para talibãs, diz ativista

Najla Ayoubi, advogada e ativista dos direitos das mulheres que vive nos EUA após fugir do Talibã, afirmou que uma compatriota foi incendiada por integrantes da milícia fundamentalista que assumiu…

Najla Ayoubi, advogada e ativista dos direitos das mulheres que vive nos EUA após fugir do Talibã, afirmou que uma compatriota foi incendiada por integrantes da milícia fundamentalista que assumiu o poder no Afeganistão por “cozinhar mal”. A vítima, da região norte do país, havia sido forçada a preparar uma refeição para os extremistas. Só que a comida foi considerada ruim pelos milicianos, que, como retaliação, atearam fogo no corpo da mulher.

“Eles estão forçando as pessoas a dar comida e cozinhar comida para eles”, disse Najla. “Também há tantas mulheres nas últimas semanas sendo enviadas para países vizinhos em caixões para serem usadas como escravas sexuais”, completou ela, em entrevista à Sky News.

Não se tem informação sobre o que aconteceu após a vítima ser incendiada.

Ao assumir o controle de Cabul, os porta-vozes do regime fundamentalista afirmaram que respeitariam as conquistas das mulheres nas duas últimas décadas — quando o país esteve ocupado pelas forças dos EUA —, mas respeitando os limites impostos de Corão, o livro sagrado do islamismo.

O quadro real, porém, segundo a exilada afegã, é bem diferente do discurso. Segundo Najla, há centenas de relatos de espancamentos, açoitamentos e ataques violentos contra mulheres. Algumas delas, incluindo menores de idade, estão sendo arrancadas das suas famílias para se casar com membros do Talibã. Muitas estão vivendo em esconderijos com medo de serem capturadas, finalizou a ativista.

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