sábado, 23 de novembro de 2024
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AFA é criticada por manual de paquera na Rússia

A Associação de Futebol Argentina (AFA) causou polêmica ao distribuir um manual, sobre a cultura e a língua russa, que também dá dicas de como conquistar mulheres durante a Copa…

A Associação de Futebol Argentina (AFA) causou polêmica ao distribuir um manual, sobre a cultura e a língua russa, que também dá dicas de como conquistar mulheres durante a Copa Mundial de Futebol, em junho, na Rússia.

“As mulheres russas, como qualquer outra, prestam muita atenção se você é limpo, se cheira bem e se está bem vestido”, diz o texto, ao explicar que nenhuma delas gosta de ser vista como um “objeto”.

A iniciativa de oferecer um curso de “preparação” para jogadores, técnicos e jornalistas, que viajarão para a Copa na Rússia, foi da Comissão de Responsabilidade Social, Desportiva e Sustentabilidade da AFA. Mas o que causou um escândalo nas redes sociais, foi o capítulo do manual de cultura e idioma: “O que fazer para ter alguma oportunidade com uma garota russa”.

O texto, criticado por ser machista, avisa que as russas não gostam de ser vistas como “objetos” sexuais. E explica: “Muitos homens, só porque as mulheres russas são bonitas, só pensam em levá-las para a cama. Talvez elas também queiram, mas são pessoas que querem sentir-se importantes e únicas”. O conselho é tratar as mulheres “como alguém de valor” e não fazer “perguntas estúpidas sobre sexo”.

O manual da paquera também diz que as mulheres russas não gostam de chatos, nem de pessoas negativas. Mas diz que isso não deve preocupar os estrangeiros, porque a escolha é grande e “existem muitas mulheres bonitas na Rússia”. Ignácio Catullo, um dos jornalistas que assistiu ao curso promovido pela AFA, tirou uma foto do polêmico capítulo, para postá-lo nas redes sociais. A AFA mandou recolher os manuais, que foram depois devolvidos aos alunos, sem as instruções para paquerar.

A AFA, que já vinha sendo criticada pela violência e a corrupção no futebol, agora esta sob fogo por ir na contramão da historia – justamente quando as mulheres, no mundo inteiro, estão protestando contra o assèdio e por salários e condições de trabalho iguais.

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