Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas em Minas Gerais revela que um dos presidenciáveis do PSDB, senador Aécio Neves (MG), hoje teria um desempenho eleitoral muito mais positivo em seu estado do que aquele obtido na corrida presidencial de 2014, quando perdeu a disputa para a presidenta Dilma Rousseff (54,5 milhões de votos, contra 51 milhões de Aécio). Segundo o levantamento, Aécio venceria qualquer candidato em Minas se eleição fosse hoje.
O material foi divulgado nesta quarta-feira (12) e divulgado ao Congresso em Foco em primeira mão. Na pesquisa estimulada, quando candidatos são apresentados aos entrevistados, Aécio obteve a preferência de 45,7% dos eleitores consultados, seguido pelo ex-presidente Lula (18,4%), pela ex-ministra Marina Silva (16,9%) e pelos deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, e Jair Bolsonaro (PP-RJ). O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) figura com 1,1% das menções, enquanto 6,6% dos entrevistados disseram que não votariam em qualquer candidato sugerido e 5,9% responderam não saber em quem votar.
Em caso de segundo turno, revelou o levantamento, Aécio e Lula estariam no páreo em Minas Gerais. Nesse caso, o tucano alcançaria quase o triplo dos votos do petista: enquanto Lula recebeu 25,2% das menções, Aécio atingiu 61,3% das preferências. Na segunda fase de votações, 7,3% dos entrevistados disseram que não votariam em ambos. Outros 6,3% dos eleitores disseram-se indecisos.
A diferença de percentual, em caso de primeiro turno, entre Aécio e Dilma Rousseff seria ainda mais elevada em favor do tucano. Segundo o instituto, Aécio receberia 70,5% dos votos caso a eleição fosse realizada hoje, enquanto a petista receberia apenas 12,2%. Indecisos chegaram a 7,2% nesse cenário, enquanto 10,2% dos entrevistaram disseram rejeitar ambos os candidatos.
Alternativa Alckmin
O Instituto Paraná Pesquisas também experimentou um cenário de pesquisa estimulada substituindo-se Aécio pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Com essa configuração, Marina Silva venceria as eleições, mas com vantagem percentual muito menor. Idealizadora do parido Rede Sustentabilidade, Marina foi citada por 26,8% dos entrevistados, enquanto Alckmin recebeu 24,9% das menções.
Já o ex-presidente Lula foi mencionado por 21,2% dos eleitores, seguido por Eduardo Cunha (4,6%), Jair Bolsonaro (3,5%) e Caiado (1,6%). Nesse cenário, 10,1% dos entrevistados disseram rejeitar quaisquer dos nomes sugeridos. Indecisos somaram 7,5% no quadro em que Aécio é substituído por Alckmin.
Popularidade
Na esteira da mais recente pesquisa Datafolha, que há cerca de dez dias revelou rejeição popular de 71% para Dilma, o Instituto Paraná Pesquisas mostra que 85,9% dos entrevistados desaprovam a gestão da petista até o momento. O percentual de aprovação do governo petista é de 11,8% entre os eleitores consultados, enquanto 2,3% deles disseram não saber avaliar o desempenho governamental ou resolveram não opinar a respeito.
O instituto também quis saber a opinião dos eleitores sobre a possibilidade de processo de impeachment da presidenta Dilma. O resultado é também amplamente desfavorável à petista: 64,5% dos entrevistados se disseram favoráveis ao impedimento presidencial, enquanto 27,5% se posicionaram contrariamente ao processo de cassação. Outros 7% dos consultados se disseram nem a favor nem contra, enquanto 1% disseram não saber responder à pergunta ou resolveram não opinar.