Empresas de ônibus da região de Rio Preto tiveram de contratar assessoria jurídica para reaver seus veículos apreendidos pela Polícia Federal por transportar pessoas que participaram dos atos extremistas de domingo, 8. O advogado Rodrigo Leite, entrou com recurso para liberar 30 veículos.
“O que estamos fazendo é cumprindo o que exige a ordem judicial do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Estamos entregando cópias de contratos de locação, recibo de pagamento e lista dos passageiros. Acredito que até esta quarta-feira vamos conseguir a liberação”, afirma o advogado.
Rodrigo contesta o argumento utilizado por Moraes para manter os veículos presos pela acusação de envolvimento com terrorismo, que ele acha ser exagerada.
“As empresas apenas locaram seus veículos, conforme vão comprovar as cópias dos contratos que estamos enviando. Os proprietários não sabiam o que os passageiros iriam fazer lá em Brasília”, argumenta o advogado.
Quem contratou o advogado é o empresário Ademir Ronda, dono de um ônibus retido pela PF, desde domingo, 8, por ter transportado manifestantes de Rio Preto para Brasília.
“Já até mandei voltar o motorista, porque ainda não consegui liberar meu ônibus. Se eu soubesse o que ia acontecer, nunca teria alugado”, lamenta o empresário.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Rio Preto mantém a operação com foco na apreensão de ônibus de manifestantes que passarem pela região.
Na segunda-feira, 9, um veículo com militantes pró-Bolsonaro foi retido em Onda Verde, depois encaminhado para a delegacia da Polícia Federal de Rio Preto. Após prestarem depoimento, as pessoas foram liberadas e o veículo pôde seguir viagem. Todos vão responder ao crime em liberdade.