NOTA PÚBLICA
Comunico minha saída da presidência do Diretório Municipal do PMDB, aguardando apenas questões protocolares para que isso seja consumado.
A decisão, de caráter pessoal e irrevogável, óbvia até, deixa a direção estadual à vontade no sentido de decidir os destinos da sigla na cidade.
Sim, porque a vontade dos militantes e filiados locais nenhum valor tem para alguns membros da executiva estadual, os quais, imbuídos de interesses que nem merecem ser relatados, insistem em interferir na cena política fernandopolense.
Por essas e outras é que o sucessor do nosso querido “manda brasa” se encontra na atual situação, sendo seguidamente relegado a papéis secundários nas últimas eleições.
O partido não terá candidatura própria em nenhuma das principais cidades da região, inclusive Rio Preto; essa exigência só era válida para Fernandópolis. Apesar de todas as dificuldades, o nosso PMDB tinha nomes para postular essa candidatura e foi cortejado até o último momento pelo atual mandatário e pela ex-prefeita, sendo obrigado a recusar convite para o cargo de vice por uma interferência direta da executiva estadual, que rejeitava terminantemente coligação com a ex-prefeita, sem pensar se isso era importante ou não para o partido.
A candidatura “forçada” de Carlos Lima, imposta pela executiva estadual, pese a rejeição do diretório e das bases locais, é uma clara demonstração de que o PMDB, que tanto combateu os “anos de chumbo” do regime militar, adota agora a mesma truculência partidária que sempre condenou. Isso é lamentável!
Creio que cumpri meu papel e assumo meus erros durante esse período. Sinto-me honrado por haver dirigido o partido, embora saia inconformado com a decisão autoritária que o coloca na vala comum e destoa da sua bela história de luta pela democracia. A lamentar, tão somente a perda do convívio com o Dr. Raul, companheiro que muito me ensinou, tanto de vida, quanto de política e que sempre me alertou sobre determinada pessoa.
Deixo um agradecimento especial ao Deputado Edinho Araújo, o qual, apesar do breve contato, mostrou-me como enxergar a política com “p” maiúsculo. Fico à sua disposição para as lutas futuras.
Deixo, também, uma mensagem de carinho aos membros do diretório, principalmente ao Erlifas Teles, peemedebista que me ensinou o verdadeiro sentido da palavra companheiro e ao Jeder Rissato, que demonstrou lealdade extrema, sempre. Sei das minhas qualidades, meus defeitos e minhas limitações, mas não posso concordar que o partido seja influenciado por pessoas desprovidas de caráter e ou aventureiras.
De qualquer forma, continuarei dando minha contribuição para o crescimento e o engrandecimento da cidade.
Eu e o PMDB. Agora, cada um segue o seu caminho. O meu, sem dúvida nenhuma, tem Fernandópolis como norte.
HENRI DIAS