quinta, 31 de outubro de 2024
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Advogado admite que menor ligou para Oscarzinho no dia de suposto programa sexual

O advogado Nilson Grisoi Júnior, que defende a menor T., que teria agenciado programa sexual com Oscarzinho Pimentel (PSL), admitiu ontem que a adolescente telefonou para o celular do presidente…

O advogado Nilson Grisoi Júnior, que defende a menor T., que teria agenciado programa sexual com Oscarzinho Pimentel (PSL), admitiu ontem que a adolescente telefonou para o celular do presidente da Câmara na noite do dia 22 de junho, quando teria ocorrido o programa com outra menor, A.C..

O advogado negou, porém que a ligação – pode ser mais do que uma, além de troca de mensagens – tenha tido como objetivo agenciar o encontro. “A ligação foi para que T. arrumasse um serviço para a A.C. Esse teria sido o teor da conversa.”, afirmou o advogado em entrevista ao Diário.

A delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Dálice Ceron, pediu perícia do celular de T. com o objetivo de comprovar ligações e possíveis trocas de mensagens entre o vereador e a adolescente de 17 anos. “Teve uma ligação. Não sei quantas ligações existiram. Conversaram e inclusive em uma das conversas o Oscar disse que estava em um culto (religioso) e retornaria a ligação”, afirmou Grisoi Júnior.

A existência da ligação foi confirmada pela própria T. em depoimento prestado à delegada após a instauração de inquérito para apurar possível crime de exploração sexual cometido pelo presidente do Legislativo. Ele teria pago pelo programa R$ 400, sendo que A.C teria recebido R$ 100. O registro do boletim de ocorrência ocorreu pela mãe de A.C, que denunciou o suposto abuso.

Segundo o advogado, T. nega ter se encontrado com Oscarzinho no dia mencionado por A.C. “Não teve relação sexual com Oscarzinho e não saiu com ele nesse dia (22 de junho). Elas ficaram no apartamento da T”, disse.

Grisoi Júnior afirmou que T. conheceu Oscarzinho por meio de sua mãe, que trabalhava no Mercado. Ele disse ainda que a sua cliente recebeu o cartão com o número do celular do parlamentar em encontro casual no Calçadão. “Se conhecem há uns dois anos”, afirmou o advogado.

No dia 13 de julho, questionada pelo Diário sobre como conheceu Oscarzinho, T. afirmou que se encontrou com o parlamentar uma vez num evento há oito meses, onde se aproximou e pediu emprego. Ela não soube dizer qual evento e nem a data certa dele.

Para Grisoi Júnior, caso a delegada faça o indiciamento de Oscarzinho no inquérito, T. também deverá ser sindicada para responder à infração perante a Vara da Infância. “O indiciamento dele gera o indiciamento dela por agenciamento. Tenho essa convicção comigo. Ela deixaria de ser uma vítima, uma testemunha.

O vereador José Carlos Marinho (PP), presidente da comissão que apura denúncia contra Oscarzinho disse que encaminhará na segunda-feira ofício à polícia pedindo informações sobre o inquérito do suposto crime sexual. Oscarzinho já foi notificado para apresentar defesa sobre acusação de quebra de decoro parlamentar pelo envolvimento no caso de exploração sexual.

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