Vinte das 99 pessoas detidas pela Polícia Federal de Jales acusados de integrar um megaesquema de sonegação fiscal na comercialização de carne no Estado serão soltos hoje pela manhã.
A saída vai ocorrer porque a Polícia Federal não solicitou à Justiça a prorrogação da prisão temporária deles, como fez com o restante dos acusados. A liberdade do grupo – que ficou cinco dias na cadeia – é uma espécie de recompensa pelo auxílio nas investigações.
Os demais vão continuar presos por pelo menos mais cinco dias. A maioria são donos de frigoríficos, supermercados e açougues. Alguns deles são apontados pela Polícia Federal como os líderes do esquema que deu mais de R$ 1 bilhão de reais em prejuízo ao Estado e aos municípios.
Ontem a Polícia Federal prendeu mais quatro suspeitos em Rio Preto, Jales e Votuporanga. Outros dez continuam foragidos.
O aposentado Dorival Pedro Belini foi solto sexta-feira, um dia após ser preso na operação, por alegar problemas cardíacos. Pela primeira vez desde que o grupo foi preso, os advogados contratados por eles puderam ter acesso ao inquérito, na Justiça Federal.
Até agora 21 acusados já foram indiciados criminalmente por sonegação tributária e formação de quadrilha.