sábado, 23 de novembro de 2024
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Acusado de tentar esfaquear ex-mulher vai a júri popular

A Justiça Estadual ofereceu ao Tribunal de Júri o feminicídio cometido pelo pedreiro Valmir Beato, 30 anos, acusado de tentar matar a ex-mulher, V.L.B de 26 anos. Um despacho sobre…

A Justiça Estadual ofereceu ao Tribunal de Júri o feminicídio cometido pelo pedreiro Valmir Beato, 30 anos, acusado de tentar matar a ex-mulher, V.L.B de 26 anos.

Um despacho sobre o caso foi divulgado nesta quarta-feira (03) pela juíza, Maria Letícia Pozzi Buassi, titular da 4º Vara Criminal de Rio Preto. No dia 19 de fevereiro, réu teria se aproveitado que não tinha luz no bairro e golpeou a ex-companheira dele pelas costas, usando uma faca no bairro Lealdade. A violência doméstica aconteceu em 18 de fevereiro do ano passado.

Segundo a magistrada, Beato, era ciumento e cerceava a liberdade da ex. A defesa pediu a desclassificação do homicídio para lesão corporal leve, explica que não foi provado a intenção dele em cometer a tentativa de homicídio contra a mulher que, sobreviveu, conseguiu fugir de casa e foi amparada por testemunhas, ela passou por cirurgia no HB (Hospital de Base).

Os dois filhos pequenos da vítima, uma menina de nove anos e o garoto de cinco, também presenciaram violência.

Em juízo o réu esclareceu que tinha bebido e confessou o ciúme e diz que pegou a arma na cozinha da residência. Na fala de Valmir ao se defender das acusações, conta que só esfaqueou a mulher por medo de ser agredido por ela, não esclareceu o porquê perseguiu a vítima, quando fugia pela rua, Genival Ribeiro Santos.

Mulher contou em depoimento juntado na ação penal que, pediu a separação pelo fato de Beato ser agressivo, mas viviam juntos na mesma residência. No dia dos fatos percebeu que não tinha energia no bairro e perguntou para a mulher: “Então você não me ama mais”, quando ela respondeu que sim acabou sendo esfaqueada.

Um policial militar relatou que ao chegar no local a mulher vitimada já havia sido socorrida. No entendimento da magistrada delito foi cometido mediante vingança, torpeza e com recursos que dificultaram a defesa da vítima.

“O feminicídio se demonstra pela violência decorrente da subjugação da mulher em razão do gênero, o que não poderia, da mesma forma, levar à tentativa de morte. Assim, as qualificadoras devem ser levadas à submissão pelo Tribunal do Júri”, afirma juíza Maria Letícia.

Audiência de julgamento popular e ainda não tem data marcada, além dos depoimentos, um exame de corpo de delito e o relatório da investigação do caso conduzido pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). A prisão preventiva do réu Valmir também foi mantida, “Verifica-se ser necessária para a garantia da ordem pública. Trata-se de pessoa de índole perigosa, cuja liberdade afrontaria a comunidade e, principalmente, a segurança da vítima”.

O advogado José Arlindo Nogueira Quartieri disse vai entrar com recurso no TJ (Tribunal de Justiça) em São Paulo, “Nós entendemos nesse caso que não houve o dolo e sim uma discussão pouco acalorada, entre o casal, que resultou em lesão corporal”.

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