Cléber dos Santos Bordin, de 22 anos, pegou 15 anos de prisão em regime fechado por ter jogado álcool e ateado fogo em Ivonete Cândida Freitas da Silva no ano passado. Ele tentou negar o homicídio como se Ivonete supostamente tivesse tentado matá-lo e se matar.
O casal morou junto por 10 meses, tendo uma relação conturbada. Segundo testemunhas de acusação como o filho, pai e irmão da vítima, Ivonete e Cléber discutiam por motivo de drogas. A vítima tentava tirá-lo do vício mas o acusado não aceitava ajuda e brigava com a companheira quando tocavam no assunto.
O irmão da mulher, Ivonei Pedro de Freitas está atualmente preso por tráfico de drogas, associação ao tráfico e formação de quadrilha no CDP de Riolândia. O traficante alegou que Cléber pedia drogas constantemente para ele. Afirmou também que sempre pediu para a irmã largar do acusado e procurar uma pessoa melhor.
A família da vitima alega que no dia do fato, todos acordaram com os gritos de Ivonete por seu corpo estar em chamas. O filho, Marcos, socorreu a mãe ao pronto socorro da Santa Casa junto com Ivonei. Enquanto Cléber ficou no imóvel tentando retirar os móveis atingidos pelo fogo. Pouco tempo depois, foi pego em flagrante pela Policia Militar em uma praça em frente da casa onde moravam.
Os advogados Marcus Gianeze, Silvano Pirani e William Souza atuaram na defesa do réu, enquanto o promotor Marcos Seabra agiu na acusação.
De acordo com Pirani, a defesa pedirá um novo julgamento para o caso, porque a tese de que Ivonete teria sido a autora foi extraída dos autos. “Ninguém viu o que aconteceu, são apenas suposições. A família de Ivonete acusa Cléber de ser o culpado, mas eu vou alegar a negativa de autoria”.
Paola Munhoz-Votunews