quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Acusado de matar menina de 8 anos será julgado

O réu Moacir Fernandes Dias, também conhecido por “Pai-de-Santo”, será julgado hoje, a partir das 9 horas, no Fórum “Wilson de Souza Foz”, em Votuporanga. Ele é acusado de ter…

O réu Moacir Fernandes Dias, também conhecido por “Pai-de-Santo”, será julgado hoje, a partir das 9 horas, no Fórum “Wilson de Souza Foz”, em Votuporanga. Ele é acusado de ter matado, em setembro de 2002, a garota Ana Letícia Bueno, conhecida como Aninha, de apenas 8 anos, em Cardoso. A expectativa das autoridades envolvidas no júri é de que a sessão termine ainda na noite de hoje. O processo do julgamento foi remetido ao Fórum de Votuporanga mediante um procedimento chamado de ‘desaforamento’, justificado pela comoção dos moradores da cidade e dos familiares da vítima onde ocorreu o crime. Daniel Calderaro, que é Promotor de Justiça de Cardoso e está à frente ao caso, contou que desde a prisão de Moacir Fernandes Dias, nenhuma novidade foi constatada. “Teve um recurso da defesa para tentar desqualificar a tentativa do atentado violento ao pudor, só que o Tribunal confirmou a existência deste crime, então ele será julgado por homicídio triplamente qualificado, mais ocultação de cadáver e mais o atentado violento ao pudor”, explicou. Caso seja condenado, Dias poderá pegar, no mínimo, 20 anos de prisão. “Se você pegar todas as penas mínimas dos crimes, chega a 20 anos, no mínimo, mas acredito que será muito mais alto do que isso, porque três agravantes serão acrescidas durante o meu depoimento e, provavelmente, a minha expectativa que seja mais de 30 anos”, contou Calderaro. Sobre as testemunhas que serão arroladas durante o julgamento, o Promotor disse que por parte do Ministério Público não haverá nenhuma, mas que não sabe por parte da defesa. “Os fatos estão mais que esclarecidos e não haverá necessidade de ouvir testemunhas”, completou. A família de Aninha contratou os advogados Gésus Grecco e Douglas Fontes, como assistentes de acusação. Para a defesa do réu foram nomeados os advogados Elissandra Martinez Guimarães Gianezi e Marcus Gianezi.

Segurança
Em razão da brutalidade com que o crime contra a garota Aninha foi cometido, o juiz de Direito da 1ª Vara, Jorge Canil, pediu reforço na segurança para as policias Militar e Civil, a fim de que não haja nenhuma manifestação contra o réu. Para hoje, a rua que passa em frente ao Fórum terá seu trânsito impedido e o acesso até o Salão do Júri será restrito, sendo apenas para as 80 pessoas que retiraram suas senhas para acompanhar o julgamento. Segundo o diretor do 1º Cartório Judicial, Fábio Antonio Cerântola, as pessoas que vão acompanhar o julgamento não deverão levar celular e nem capacete e só poderão entrar com apresentação da senha e RG. “Haverá uma revista rigorosa, até mesmo com detector de metais”, explicou.

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