sexta, 22 de novembro de 2024
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Acusado de matar médica e colocar corpo em mala vai a júri popular

Acusado pelo Ministério Público de ter assassinado a médica Thallita da Cruz Fernandes, de 30 anos, e esconder o corpo dela em uma mala, Davi Izaque Martins Silva, de 26,…

Acusado pelo Ministério Público de ter assassinado a médica Thallita da Cruz Fernandes, de 30 anos, e esconder o corpo dela em uma mala, Davi Izaque Martins Silva, de 26, será julgado pelo Tribunal do Júri. A decisão é do juiz Eduardo Garcia Albuquerque, da 4ª Vara Criminal de São José do Rio Preto (SP).

O crime foi registrado em 18 de agosto do ano passado, no apartamento da vítima, onde o casal morava, no bairro Imperial. O caso chocou o País.

De acordo com a acusação do MP, Davi Izaque será julgado por feminicídio qualificado – motivo torpe, mediante meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e crime contra a mulher em razão da condição do sexo feminino da vítima.

Thallita e o réu mantinham um relacionamento há cerca de três anos e moravam juntos em um condomínio na rua Coronel Spínola de Castro. A investigação da 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC) apontou que era ela quem mais provia as despesas do casal. Pessoas próximas da médica disseram que ela e Davi tinham brigas constantes por causa do ciúmes que ele tinha da vítima e pelo uso de drogas que ele fazia.

DINÂMICA DO CRIME

No dia do crime, a médica, que atuava como plantonista em uma unidade de saúde em Bady Bassitt, na região, estava de folga. Ela ligou para o namorado porque ele estava demorando muito para chegar em casa. Davi havia trabalhado em um bar à noite e depois saiu com os amigos para tomar cerveja e usar drogas. Os dois discutiram por telefone – Thallita estava chateada porque aquele era o único dia da semana em que os dois podiam ficar juntos. Ela disse que queria terminar o relacionamento e que Davi estava se aproveitando da condição financeira dela.

Segundo o inquérito da Polícia Civil, quando Davi chegou em casa, encontrou a médica dormindo. Ele pegou três facas na cozinha e começou a esfaqueá-la com golpes no rosto e na cabeça. De acordo com laudos da perícia e do Instituto Médico Legal (IML), a vítima acordou, tentou se defender, caiu no chão de costas e foi ferida com várias facadas na cabeça.

Thallita lutou para sobreviver. Os laudos apontam que ela conseguiu se levantar e se apoiou na parede do quarto para tentar fugir.

Ainda de acordo com os autos do inquérito investigativo do caso, o criminoso sufocou a vítima colocando uma sacola de plástico em sua cabeça.

Ela foi atingida com mais de 30 facadas no pescoço, rosto e na cabeça. Ferimentos nas mãos e nos braços foram constatados no laudo, indicando que ela tentou se defender.

Após matar a namorada, Davi lavou o corpo dela e o escondeu, nu, dentro de uma mala de viagem. Em seguida, ele tentou limpar a casa, que ficou repleta de sangue.

O réu ainda se arrumou, chamou um motorista de aplicativo e foi trabalhar. As imagens foram captadas por câmeras de segurança do edifício.

Uma amiga da vítima acionou a polícia após perceber que a médica não havia ido ao treino com o personal no horário que havia marcado, nem atendia o telefone e, quando respondia as mensagens pelo WhatsApp, não parecia ser a mesma pessoa.

No dia 19, Davi foi encontrado na casa da mãe e foi preso.

Thallita era de Guaratinguetá (SP) e veio à Rio Preto para estudar medicina na Famerp, onde se formou em 2021.

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