O pintor Flávio de Oliveira Souza, 46 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Rio Preto a 22 anos, dois meses e 23 dias de prisão pelo assassinato da ex-mulher Ângela das Graças da Silva, 56. O julgamento do réu durou aproximadamente cinco horas. Além da reclusão, Souza terá que pagar indenização de R$ 24 mil para a família da vítima.
O acusado foi condenado por homicídio triplamente qualificado – por motivo fútil, uso de crueldade e sem possibilitar que a vítima se defendesse. “A justiça foi feita. Foi uma morte terrível. Não podemos mais admitir que homens matem as mulheres por ciúme ou motivos semelhantes”, afirma o promotor José Heitor dos Santos.
O pintor, que está preso desde o crime, em abril de 2011, foi levado novamente para o Centro de Detenção Provisória (CDP), logo após o julgamento. O advogado do réu, Alberto Dutra Gomide, disse que a decisão dos jurados vai contra as provas apresentadas e por isso vai recorrer da decisão. Ele não quis falar qual vai ser o embasamento da defesa no caso.
O crime
O assassinato aconteceu na residência onde o casal morava, no Jardim Urano, na manhã do dia 8 de abril de 2011. Souza teria esfaqueado a mulher depois de uma briga e só foi contido quando um vizinho escutou os gritos por socorro e foi até o local. Segundo o Ministério Público, o golpe de faca atingiu a jugular da vítima. Depois da facada o pintor teria ainda feito um corte de 40 centímetros na barriga da mulher.
O acusado foi preso em flagrante. Na época do crime, o pintor disse em depoimento que teria cometido o crime por suspeitar de uma traição. A vítima chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas morreu na noite do mesmo dia.