Foi preso em São Paulo o traficante acusado de assassinar inimigos do PCC, a maior facção do país. Ele é apontado como um dos responsáveis pelas execuções do chamado “tribunal do crime”.
José Carlos da Silva, conhecido como “Zé Galinha”, foi preso em uma mansão luxuosa na zona sul da capital, alugada por R$ 8 mil, e paga pelos criminosos.
“Havia notícias de que ele seria integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, ser responsável por armazenar armas, drogas e anotações do crime organizado”, diz o delegado Rafael Augusto Pereira Cocito.
Zé Galinha estava com a prisão preventiva decretada por causa de uma chacina que aconteceu em maio do ano passado. Quatro jovens foram executados depois de saírem de um baile funk com algumas garotas.
Segundo a polícia, a ordem das mortes foi dada por José Carlos. A investigação revelou que as jovens foram violentadas pelos rapazes, por isso a sentença do tribunal foi a morte.
Zé Galinha começou no mundo do crime em roubos a carros-fortes. Ele chegou a ser preso e cumpriu pena. Na cadeia, ele teve contato com integrantes da facção e de volta às ruas passou a cumprir ordens do tribunal do crime.
Segundo as investigações, um dos roubos que ele praticou foi de R$ 800 mil que estavam em um carro-forte destruído por explosivos, há cinco anos, na zona leste da capital paulista.
Na casa, os investigadores recolheram a prestação de contas dos gastos, mês a mês, do dinheiro do aluguel, para pagar advogados de processos, em Brasília, e até os gastos com Uber.
