O vereador reeleito Elias Santaterra (PP), presidente da Câmara de Lavínia, faltou à sessão extraordinária realizada na segunda-feira (30) para discutir o reajuste da tarifa de água. Depois, dentro do próprio legislativo, Elias gravou um vídeo justificando a sua ausência, afirmando que não compareceu para impedir a aprovação do projeto, o que na sua avaliação, prejudica os “mais humildes”. Elias Santaterra foi denunciado em julho deste ano por importunação sexual de um adolescente de 14 anos.
A reportagem do portal Nossa Cidade (nossacidade.online) foi informada de que o vereador foi até a Câmara na segunda-feira, mas entrou para presidir a sessão extraordinária na qual seria votado o projeto de lei do reajuste da tarifa de água. De acordo com apuração junto aos vereadores da base, esse reajuste era necessário porque a receita do setor não cobre os gastos. O projeto não foi aprovado. Na sessão compareceram apenas 6 vereadores, sendo 5 da base do prefeito e apenas 1 da oposição. Como o presidente Elias Santaterra faltou a sessão o vice assumiu a presidência e fica impedido de votar conforme o regimento. No final o projeto não foi aprovado por falta de quorum mínimo que seria de cinco votos.
Após a sessão, Elias Santaterra gravou um vídeo no qual diz que estrategicamente usou o regimento interno – ausência ´- ´para impedir a aprovação. No entanto, ele não esclareceu que poderia ter participado normalmente da sessão e ter votado contra. Mas não quis ter o desgaste, já que é do mesmo partido do vice-prefeito reeleito Renério Luiz Soares Souza.
DESVIAR A ATENÇÃO DE DENÚNCIA
Para algumas pessoas, o posicionamento de Santaterra foi para criar um fato politico e aparecer como defensor dos mais humildes e, assim, desviar o foco da denúncia de importunação sexual de um adolescente.
Em julho deste ano, um adolescente de 14, que estava de bicicleta, foi abordado por Elias quando retornava da missa. O vereador estava em uma moto e fez perguntas de cunho sexual e depois chamou o adolescente para fazer sexo em uma mata das imediações. Com medo, o garoto fugiu e foi para casa. No entanto, demorou para relatar o ocorrido aos familiares. Quando ficou sabendo, a mãe do adolescente procurou a polícia para registrar ocorrência.
Depois, Santaterra e o vice-prefeito Renério, que é advogado, em horários diferentes, teriam visitado vizinha (pensando ser familiar), para tratar do assunto.
Por Antônio Crispin