O delegado da Polícia Civil José Mauro Venturelli entrou com ação por dano moral contra Anderson Branco (PL), vereador em Rio Preto. Venturelli pede na Justiça, no mínimo, R$ 50 mil. O juiz da 6ª Vara Cível, Marcelo de Moraes Sabbag, determinou que o parlamentar pare de enviar mensagens a terceiros, via redes sociais, sobre o caso.
Venturelli e Branco se desentenderam após o vereador acusar o ex-delegado de assediar moralmente e sexualmente sua mulher. Uma investigação foi aberta pela Corregedoria da Polícia Civil, mas foi arquivada. O promotor de Justiça Sergio Clementino também abriu uma investigação, mas arquivou.
Com base nos arquivamentos, Venturelli cita na inicial da ação que “não há como negar a existência de grave dano moral contra o requerente no caso em tela. O requerido, publicar notícias infundadas, expor o nome do autor em público em situações vexatórias e mentirosas, ao realizar a representação do mesmo em diversos órgãos de correição e de fiscalização da lei e dar ordem jurídica, associar-lhe a figuras conhecidas como condenados por crimes sexuais, causou um abalo moral tão profundo e danoso à pessoa do requerente, causando-lhe acima de tudo, enorme prejuízo, além de sofrimento físico, moral, material, financeiro, dentre outros”.
Branco fez diversas postagens sobre o caso em redes sociais. Ele também usou a tribuna da Câmara de Rio Preto para acusar Venturelli e chamá-lo, inclusive, de “crápula e covarde”.
Outro Lado
O vereador Anderson Branco ainda não foi citado na ação. Ele afirmou que fica feliz com a notícia e que vai até última instância para “provar o quanto ele (Venturelli) é canalha”. “O que ele fez foi um ’tiro no pé’. Minha mulher que deveria entrar com ação contra ele não entrou. Mas agora vai (entrar). Ela está abalada e tomando remédios há um ano e meio. Agora, tenho provas testemunhais, muitas provas, de como ele agia. Quem vai ter de pagar indenização é ele”, disse Branco.