O Extra divulgou que a pasta da Prefeitura do Rio realizou o trabalho em três etapas, sendo que a última foi finalizada nesta sexta-feira, 19. O secretário Luis Antonio Ramos informou que a casa de Zélia Rilo, de 54 anos, em Pedra de Guaratiba, não reúne condições para receber uma grande quantidade de cães. O que fazia com que brigas e pestes, como carrapatos, fossem comuns entre os animais. A publicação revela que vizinhos relatam suspeitas de que a mulher matava os animais. Zélia nega, o secretário e a Polícia Civil também não acreditam na hipótese. “Quando nós chegamos, havia a carcaça de um cachorro morto e eu pedi para a Policia Civil fazer a perícia. Mas não acredito que ela mate os animais. Na minha opinião, foram os próprios cachorros que fizeram isso. O lugar não tem estrutura. Nós mesmos vimos uma briga em que 20 ou 30 cachorros atacaram outro. Ela separou na hora”, explica o secretário.
Segundo as informações, uma vizinha relata que já encontrou oito carcaças de animais em seu quintal e, em fotos que seriam de animais de Zélia, cães aparecem dilacerados. O Extra tentou entrar em contato com Zélia na sua residência, mas não a encontrou. A reportagem também não foi atendida pelo telefone e por redes sociais. No entanto, no seu perfil no Facebook, ela se defende.
“Ano passado meu esposo, ao qual fui casada durante trinta anos, faleceu e ficou difícil para mim continuar morando no sítio. Meu animais se tornaram uma matilha e, quando tenho que sair, eles aprontam e começam a se atacar. Foi ficando complicado conviver com esta situação, reclamações de meus vizinhos, ofensas e preconceitos. Então, decidi por livre e espontânea vontade entregar para o secretário de Defesa dos Animais os cães, pois tenho certeza que estarão melhores”, escreveu Zélia, que está para ser despejada do terreno onde cuida dos animais, refere a publicação.
O caso está sendo investigado pela polícia. Bruno Peres, inspetor do Núcleo de Repressão aos Maus-tratos de Animais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente que conduz o inquérito, afirma que Zélia deve responder por maus-tratos. A pena é a detenção de três meses a um ano e multa. “Ela é uma típica acumuladora”, explica Peres, que também não acredita que a mulher tenha matado os animais.