O julgamento do assassinato do jornalista Hélton Eduarti Souza, de 28 anos, parece ter chegado ao fim, pelo menos em primeira instância.
A sentença dos dois acusados de latrocínio (roubo seguido de morte) foi definida pelo juiz que cuida do caso, Reinaldo Moura, da 2ª Vara da Comarca de Votuporanga. Porém, como o caso segue segredo em justiça, não foi tornada pública a decisão no Diário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
O que está confirmado é que a mulher de Adriano Santos Oliveira, assassino confesso do jornalista, foi inocentada e parentes foram orientados a buscá-la em uma penitenciária da região.
Já Adriano teria sido condenado. Em entrevista ao A Cidade, um dos advogados de defesa dos réus, o criminalista Douglas Teodoro Fontes, afirmou que familiares da jovem Vanessa Jaqueline dos Santos, de 19 anos, receberam um telefone da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, dizendo que a moça estava livre e que eles poderiam ir buscá-la. Dessa forma, o juiz teria acatado uma das teses da defesa, de que a companheira de Adriano, que está grávida, não tem relação com o crime.
Douglas Teodoro Fontes disse que a defesa não teve acesso ao real teor da sentença, algo que acontecerá apenas na segunda-feira (20), e, por isso, não soube dar detalhes sobre o que ficou definido. Com isso, ele também aguarda para saber se a outra tese da defesa, de desqualificar o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) para lesão corporal seguido de morte, foi acatada. Mas, extraoficialmente, há a informação de que ele teria sido condenado.
O crime
Adriano confirmou em depoimento na audiência sobre o caso, no dia 5 de agosto deste ano, que no dia do crime, em fevereiro, Hélton e ele foram até o recinto de exposições de Valentim Gentil, onde tiveram um encontro afetivo.
Eles teriam começado a trocar carícias, mas a vítima teria se irritado após o rapaz dizer que era para terminar o encontro. Após isso, os dois começaram uma briga, e o réu enforcou o jornalista com o braço e, posteriormente, com a camisa da própria vítima. Ele também teria afirmado que Vanessa não participou do crime, e que era inocente.
Jociano Garofolo/A Cidade