Um açougueiro, de 29 anos, foi preso na madrugada da última terça-feira, (18/07/2023), na capital paulista, pelo assassinato de José Gonsalves Filho, em dezembro do ano passado, em Cedral (SP). Ele e um policial militar, de 21 anos, que já está preso, foram denunciados por homicídio e tráfico de drogas.
Segundo o delegado que cuida do caso, José Rubens Macedo Paizan, após um minucioso trabalho de investigação, com inúmeras testemunhas e laudos, os autores foram indiciados por três crimes.
“Nós concluímos que o policial vendia drogas na cidade e que o João Gonsalves possuía uma dívida de entorpecentes com ele. Imagens de câmeras de segurança mostram a vítima no carro do policial e testemunhas também confirmam o fato. Ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e surpresa – já que ele matou a vítima com um tiro nas costas – ocultação de cadáver e tráfico de drogas”, disse.
Conforme a Gazeta vem acompanhando o caso, João Gonsalves Filho, de 39 anos, estava desaparecido desde dezembro do ano passado. No dia 6 de abril deste ano, a ossada dele foi encontrada próxima à rodovia João Neves, entre Potirendaba e Cedral, junto com alguns pertences dele.
Os restos mortais de João foram encaminhados para comprovação através de exame de DNA, porém, a família confirmou que os pertences encontrados junto com os ossos, eram dele. A partir daí os policiais iniciaram então as investigações, que chegaram até o policial militar.
O PM foi preso no dia 25 de abril, após desembarcar de um ônibus vindo de São Paulo, onde trabalhava como PM. Após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa do autor, os policiais apreenderam a arma usada no crime e outros objetos que ligassem ele ao assassinato. Em depoimento ele preferiu ficar em silêncio, porém, laudos comprovaram que a vítima foi morta com um tiro nas costas, no mesmo local onde os restos mortais foram encontrados.
O segundo indivíduo, que trabalhava como açougueiro, foi preso por volta das 4h de terça-feira, (18), no bairro Vila Santa Catarina, em São Paulo. Ele foi detido durante uma abordagem de rotina da PM.
O policial ainda está preso no presídio militar Romão Gomes na capital paulista. Se condenados pelos três crimes, eles poderão pegar até 48 anos de prisão.