domingo, 1 de dezembro de 2024
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Ações para ex-colônias de portadores de hanseníase

Fazer o diagnóstico da situação das ex-colônias de portadores de hanseníase que ainda funcionam no país e propor ações que garantam a cidadania aos moradores desses locais são as principais…

Fazer o diagnóstico da situação das ex-colônias de portadores de hanseníase que ainda funcionam no país e propor ações que garantam a cidadania aos moradores desses locais são as principais tarefas do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) instalado ontem. O grupo é composto por representantes de onze ministérios e será coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Presidência da República.
Até 1969, a hanseníase não tinha cura e era de fácil transmissão. Restava aos hansenianos o isolamento nas colônias de tratamento e o estigma de “leproso”, nome pelo qual eles eram chamados. Hoje, a hanseníase tem cura e o tratamento é feito em postos de saúde com o uso de medicamento gratuito.
Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde identificou 31 ex-colônias ainda em atividade no Brasil. Apesar de não haver nenhum número oficial, estima-se que entre três e quatro mil pessoas ainda morem nesses locais. A maioria, idosos que vivem com seqüelas do antigo tratamento usado contra a doença.
A coordenadora do GTI, Izabel Maior, explica que a situação das ex-colônias exige ações de vários setores do governo, não só do ministério da saúde, como era feito anteriormente. “Um exemplo típico que foi trazido para cá (para o GTI) é questão de saneamento nas regiões. Precisamos de manutenção de prédio, de acessibilidade e isso o Ministério das Cidades tem dentro de suas atribuições”, exemplificou.
De acordo com a coordenadora do grupo de trabalho, tudo será feito sob o enfoque dos direitos humanos, “na garantia de direitos para as pessoas que são hoje residentes das ex-colônias”. “Há ações a serem propostas na área previdenciária, na área de política de assistência social com todos os programas sociais que o Brasil tem hoje, na educação e também existe toda uma questão ligada à liberação de recursos”, afirmou.

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