A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em leve alta nesta sexta-feira, 15, mas passou a operar em baixa, com a queda das matérias-primas (commodities), no exterior, influenciando as perdas do mercado local. Às 11h42, o Ibovespa registrava queda de 1,57%, nova mínima de 54.274 pontos. Às 11h58, o dólar registrava 0,49%, negociado a R$ 1,635. Com as commodities despencando lá fora e o petróleo em baixa, as ações da Petrobras acentuam queda de 3,17% (PN) e 3,11% (ON).
O preço do petróleo em baixa ainda é reação ao fortalecimento do dólar em relação às principais moedas estrangeiras, que ganhou mais força na manhã desta sexta, ante sinais mais evidentes de desaceleração da economia européia, o que pode se traduzir em redução no consumo. Em relatório divulgado nesta sexta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) alertou que a desaceleração econômica global levará a um forte aumento de estoques de petróleo.
Às 11h15 (de Brasília), o petróleo para setembro na Nymex eletrônica caía 2,53%, a US$ 112,11 por barril. O contrato chegou a US$ 112,00 por barril, o menor preço desde 2 de maio. Em Londres, o Brent para outubro caía 2,25%, a US$ 111,13 o barril.
O que pode funcionar como contraponto positivo são indicadores econômicos previstos para serem divulgados nos Estados Unidos. O primeiro deles surpreendeu positivamente. A atividade no setor de manufatura na região de Nova York melhorou em agosto, segundo a pesquisa Empire State do Fed de Nova York. O índice de condições gerais para os negócios subiu para 2,77 em agosto, ante retração de 4,92 em julho. Apesar da recuperação, a indústria de manufatura revelou que os custos das matérias-primas, como energia e outras commodities, é o maior problema enfrentado.
Outros indicadores estão para sair nos EUA, considerados mais importantes, como a produção industrial de julho e o índice preliminar de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan de agosto.