Os municípios de Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto foram os que mais apresentaram aumento de acidentes envolvendo escorpiões entre 2008 e 2018.
O estudo foi realizado pelo pesquisador Alec Brian Lacerda, mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública (FSP), da USP.
As notificações envolvendo acidentes com o animal peçonhento cresceu em todo o estado de SP, mas registrou maior concentração nas regiões oeste, noroeste e norte, onde faz mais calor. Fatores como altas temperaturas, vegetação natural e umidade em locais específicos favorecem o aparecimento do animal.
De acordo com a série histórica levantada pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o Brasil registrou cerca de 12,5 mil casos no ano 2000, número que saltou para mais de 159 mil em 2021. O escorpionismo, como é chamado, é considerado um problema de saúde emergente e negligenciado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O alerta é feito nesta época do ano porque é na primavera que os casos envolvendo escorpiões começam a aumentar. É durante esse período que as temperaturas aumentam e a concentração de chuvas é menor que no verão, favorecendo a reprodução do animal.
A recomendação, caso você ou algum conhecido seja picado, é ir imediatamente a um hospital para tomar o soro antiescorpiônico. Em caso de picadas em crianças de zero a nove anos, o acidente pode ser fatal, já que o veneno atinge o sistema nervoso central e, no caso das crianças, o sistema imunológico ainda não está totalmente desenvolvido. Na região, a espécie mais comum encontrada é o Tityus serrulatus (conhecido como escorpião amarelo). (Com informações do portal UOL)