Cinco pacientes e o motorista de uma ambulância da prefeitura de Mirandópolis, na região de Araçatuba, morreram na manhã da última sexta-feira(3) quando o veículo capotou na via de acesso Dorival Silva Louzada, entre as cidades de Pereira Barreto e Andradina.
As vítimas, todas de Mirandópolis, viajavam para sessões de hemodiálise no Hospital de Base de Ilha Solteira.
Segundo a polícia, o motorista, Carlos Pereira dos Santos, de 56 anos, usava a via de acesso para encurtar o caminho da rodovia Marechal Rondon (SP-300) até a rodovia Feliciano Sales Cunha (SP-310), que leva até Ilha Solteira. Por volta das 5h30, numa curva perto da ponte sobre o rio Tietê, a ambulância capotou por diversas vezes depois de uma freada brusca provocada por motivos ainda a serem apurados. Três pessoas morreram no local e outras três, levadas à Santa Casa de Pereira Barreto, não resistiram aos ferimentos.
Além do motorista, morreram os passageiros Genésio de Oliveira, 40, Shinichi Ijichi, 53, Paulo Sérgio Coutinho, 38, Alessandra Mendes da Silva, 34, e João Carlos Pacheco Garcia, cuja idade a Polícia Rodoviária de Andradina não soube informar.
Motorista da prefeitura há cerca de 30 anos, Santos era querido pelos colegas. “Ele era forte, muito atencioso, bom motorista, sempre atencioso”, diz a diretora administrativa da prefeitura de Mirandópolis, Maria Inês Molina Martins Buzo.
Segundo ela, a esposa e os três filhos de Santos estão abalados com o acidente. “Até agora estamos sem entender o que aconteceu. A família está transtornada.”
O assessor de imprensa da prefeitura, Cláudio Pascoal, disse que a prefeitura está dando todo o suporte possível às famílias. “O prefeito (José de Mello Rodrigues) esteve no local do acidente e no hospital.
A primeira-dama e uma equipe do Fundo Social visitaram as famílias para comunicar o fato e colocar a prefeitura à disposição.” Maria Inês disse que as famílias das vítimas estão muito abaladas. “Essas pessoas saíram para fazer um tratamento e ai acontece uma fatalidade como essa. A cidade toda está chocada.”
Luto
A prefeitura decretou luto oficial de três dias e ponto facultativo na tarde de ontem.
Antonia de Oliveira Pimentel, irmã da vítima, conta que o irmão fazia essa viagem três vezes por semana há cerca de 10 anos.
“Ele perdeu os rins, então precisava do tratamento. Eu mudei de São Paulo para cuidar dele, porque ele era sozinho”, diz.
