Um abaixo-assinado online quer a redução dos salários dos vereadores da Câmara Municipal de Votuporanga. O responsável pela inciativa conversou com o jornal A Cidade sobre a sugestão.
O abaixo-assinado online foi criado pelo advogado Leonardo Dalto Bianchini. “Neste momento que o país atravessa, nossos vereadores têm que dar o exemplo. Vejo parlamentares que falam em nova política, mas nada fazem para mudar a velha política. Agora, com este projeto, vai ser possível apurar quem é quem, quem faz demagogia e quem tem atitude”, diz o texto no site change.org.
A intenção é que o salário dos parlamentares seja de R$ 3.500 – atualmente os legisladores ganham aproximadamente R$ 4.850.
Ao jornal A Cidade, ele contou que pensa nessa iniciativa desde o final do ano passado. “Acredito que não só eu, mas todos os brasileiros estão indignados com a situação do país, então amadureci a ideia para esse abaixo-assinado, para a redução salarial dos nossos vereadores”, falou.
O advogado destacou que os parlamentares são representantes da população “nossos funcionários”, portanto “não há motivo para receberem altos salários (para nossa região) fazendo a vereança de profissão”. Ele acrescentou que a redução sugerida não é grande, justamente para, quando chegar a Câmara, seja procedente.
“Acredito que seja importante eles darem o exemplo para a população, ainda mais no momento que se encontra o país”, acrescentou.
No próprio site, pessoas comentara a questão: “não fazem nada…. Bando de lambe botas”, escreveu uma mulher.
Outra munícipe comentou: “político tem que se dedicar exclusivamente à causa. Não deve ser uma profissão, mas um ato de cidadania”.
Após colher as assinaturas online e presenciais, o advogado redigirá um projeto de lei de Iniciativa Popular e protocolar na Câmara. Conforme ele, são necessárias cercar de 3.500 assinaturas – 5% do eleitorado que é de 69.700 eleitores. Até a noite desta quarta-feira, a proposta tinha 91 assinaturas.
A reportagem do A Cidade entrou em contato com a assessoria direta da presidência da Câmara, mas a Casa de Leis não se pronunciou sobre a questão.