quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

A riqueza dos políticos

Dias atrás, um jornal regional publicou matéria dando conta da riqueza pertencente aos políticos candidatos nas eleições de outubro. Nada a reparar, exceto o fato de que muitos deles tiveram…

Dias atrás, um jornal regional publicou matéria dando conta da riqueza pertencente aos políticos candidatos nas eleições de outubro.

Nada a reparar, exceto o fato de que muitos deles tiveram aumento extraordinário de patrimônio. Alguns, de maneira estranha, tiveram diminuído o patrimônio, o que não é crível, posto que sabemos que a realidade é bem diversa.

A reportagem foi baseada numa regra do Tribunal Superior Eleitoral obrigando esses candidatos a apresentar relação detalhando todos os seus bens, de forma a tornar cada vez mais transparente o processo eleitoral e até mesmo oferecendo aos eleitores a possibilidade de saber a situação financeira dos candidatos.

Pois bem. Praticamente todos os candidatos a prefeito analisados possuem um patrimônio muito maior nesse ano do que tinham antes da eleição passada. Que beleza, hein, parecem o mitológico rei Midas, que tornava ouro tudo o que tocava.

A análise dos números mostrados nos leva a uma triste constatação: a política enriquece. Aliás, um cientista político declarou a existência de “uma relação entre o número de mandatos e o patrimônio desses políticos”.
Resumidamente, quanto mais mandatos, mais rico é o político. Coincidência? Provavelmente, não.

Mais triste ainda é perceber que a carreira política é um ótimo negócio e que poucos (ou ninguém) ficam pobres depois que entram para o mundo da política.

Evidente que não é crime ser rico ou ficar rico. As riquezas é que promovem, de uma forma ou de outra, o crescimento e o desenvolvimento de um país. O que se questiona é a forma como se fica rico. Além disso, dificilmente vemos grandes empresários e milionários ingressando na política e quando o fazem, acabam se desiludindo com o que encontram. Normalmente, os políticos se tornam grandes empresários ou milionários no decorrer dos seus mandatos.

Existem casos escabrosos e a má fama dos nossos políticos decorre das próprias ações por eles perpetradas.

Denúncias de desvio de verbas públicas colocam sob suspeita essas riquezas e cabe a nós, cidadãos comuns, a obrigação de eleger pessoas capacitadas e acima de qualquer suspeita. Em tempo: a riqueza de Midas foi a sua perdição. Vamos ficar de olho!

Notícias relacionadas