Na última semana estava treinando uma equipe e os questionei sobre um assunto ligado à segurança. A resposta deles foi: “nunca tivemos problemas com isso”. Percebi que o grupo nem ao menos havia pensado sobre a possibilidade que levantei. Com a resposta veio a minha mente uma questão intrigante sobre nossa cultura, o quanto somos reativos e não proativos.
É importante citar o que é reatividade e proatividade. Para isso posso dar um exemplo simples e bem didático. Um reativo vê um copo a beira da mesa, percebe que o mesmo pode cair, fala, avisa, mas não faz exatamente nada para mudar a situação. Apenas se levanta de seu lugar e age quando o copo cai, aí pega os cacos e limpa a água derramada. Mas o proativo ele identifica o copo, entende que este irá cair e logo o tira da beira da mesa.
Isso ilustra bem o que vivemos em nossa sociedade. Está enraizado em nossa mentalidade colocar cadeado em porta arrombada, chorar o leite derramado. Somos um país em desenvolvimento e fabricamos nossas próprias catástrofes. Sim, enquanto muitos países vivem e tem que suportar as tragédias naturais, as forças da natureza, nós arquitetamos as nossas.
Mariana, Brumadinho, o incêndio no CT do Flamengo,a Boate Kiss em Santa Maria, tantas tragédias que poderiam ser evitadas se houvesse um pensamento sobre o futuro. Prever o que poderia acontecer e providenciar todas as medidas necessárias, assim não teríamos perdido tantas vidas ceifadas por líderes reativos e irresponsáveis.
A cultura do “jeitinho brasileiro”, da “gambiarra”, a preguiça e dificuldade de resolver, a despesa, o pagar para ver, o “se acontecer eu resolvo”, isso está em todas as áreas da nossa sociedade. Esperamos muito e fazemos muito pouco.
Olhe para você e pare para pensar. Quanto você é reativo? Nunca será tarde para mudar. Trabalhe, estude, saiba que o espaço para aperfeiçoar sempre existirá. Seja proativo e menos reativo!
Júlio César – Master Life coaching
