Uma semana depois do início do horário gratuito no rádio e na televisão, o clima eleitoral ainda segue tranqüilo e esperamos que assim continue.
Geralmente, são comuns representações por irregularidades nas campanhas e até agora, de mais grave, parece que a Justiça Eleitoral de Fernandópolis estaria investigando se servidores municipais estariam fazendo campanha em repartições e espaços públicos.
Segundo consta, o procedimento foi aberto por conta de denúncia anônima e o Ministério Público teria instaurado representação inclusive para apreender o material de campanha que estaria sendo utilizado pelos servidores.
Ao que parece, na audiência o clima esquentou de vez durante os depoimentos, inclusive circulando informações de que alguns teriam recebido voz de prisão, depois revogadas em razão de retratações nos depoimentos. Ainda assim, alguns deles poderão sofrer conseqüências penais e eleitorais.
Pese isso, de se destacar, até o momento, a participação serena, porém com o rigor necessário, do juiz eleitoral que tem conduzido o pleito. Todos sabemos que as emoções afloram muito mais nas eleições municipais que nas eleições gerais e nesse momento têm sido muito importantes a ponderação e a firmeza demonstrados pelo jovem magistrado.
A justiça eleitoral tem se empenhado em agilizar seus procedimentos e isso resulta em credibilidade cada vez maior. Ela vai se aperfeiçoando a cada eleição e o cidadão vai cada vez mais acreditando nela. Sem dúvida, a credibilidade é o seu maior trunfo.
Porém, embora o juiz eleitoral tenha papel fundamental na fiscalização, no recebimento das denúncias e na aplicação das penalidades, o personagem central do processo eleitoral é o cidadão, que também deve desempenhar seu papel na fiscalização das eleições.
É crucial que o eleitor acompanhe os passos dos candidatos e colabore para a lisura do pleito. Para isso, a justiça eleitoral possibilita que o cidadão utilize mecanismos para essa fiscalização, fazendo campanhas e divulgando links para reclamações diretamente nos sites dos tribunais e nas ouvidorias.
Votar é exercício de cidadania e o cidadão deve exercer essa cidadania em toda sua plenitude.
É preciso entender que, contribuindo com a fiscalização do processo eleitoral, o eleitor também está contribuindo para a democracia. Viva!