Nesta semana vários segmentos representativos se reuniram em Fernandópolis para discutir um problema crescente na sociedade, e que aos poucos ganha proporção cada vez maior, o combate as drogas. Este problema se tornou uma questão preocupante para todos.
É muito triste ver amigos se perderem neste mundo. Ou perder a vida para as drogas. E o pior é que a droga não é coisa fácil de abolir. Lutar contra esta força é uma verdadeira guerra porque nisto está inserido muita coisa.
Quando se pergunta as causas do crescimento do consumo de drogas, temos que levar em conta os valores que envolvem o ser humano.
Usar drogas no primeiro momento significa buscar prazer. E é muito difícil lutar contra o prazer. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. O combate e a prevenção têm de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom. Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as conseqüências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
E são tantas outras causas para que uma pessoa se envolva com drogas, mas nada é justificável. As pessoas encontram nas drogas o refúgio para seus problemas e por isso acabam com suas vidas sem ao menos se darem conta de que os problemas são feitos para serem resolvidos e não esquecidos com saídas sem fim. Se os viciados em drogas, ou cada provável usuário, tivessem consciência do mal que todo e qualquer tipo de droga faz não chegaria aos extremos que temos visto.
O problema é muito maior do que se imagina e esta questão não pode ser debatido apenas a nível pessoal e sim de maneira mais abrangente. Se não existisse a venda, não existiriam os viciados. Mas na verdade, precisamos que não haja quem compre, para que não haja o tráfico, ou seja, existe um círculo.
Pessoas drogadas precisam de mudança de vida. Elas precisam de alguém que as ajude a mudar e enxergar outra realidade, pois não têm seus próprios recursos para mudar por si próprias. As coisas que os drogados constroem à volta de si é uma falsa sensação de segurança, crença e sentimentos baseados em mentiras e irrealidades que precisam ser removidas. Em seu lugar deve haver um estilo de vida que os ajudará a lidar com conflito e dificuldade, levando à maturidade. A maioria das pessoas que usam drogas perigosas são inteligentes e sensíveis. A coisa principal que elas têm em comum é o sentimento de rejeição, além de outros sentimentos como a falta de satisfação com a vida, rebeldia e inutilidade.
O fato é que este tema precisa de atenção como nunca foi dada antes, vidas e famílias estão sendo destruídas. A participação de todos é fundamental para combater esta escalada. Entidades filantrópicas fazem tratamentos ainda em pequena escala, e não consegue atender a demanda atual. É hora de o Estado intervir e abraçar esta causa de forma mais abrangente, assim como acontece na rede de atendimento à saúde e assistência social.
