Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Os cientistas já haviam provado que isso é possível e no último domingo a torcida do Palmeiras sentiu na pele o quanto isso é verdadeiro.
Dez anos depois do primeiro rebaixamento, o time vai novamente disputar a Série B.
Sem querer entrar no mérito da tragédia palestrina e tampouco tripudiar a dor que a grande torcida verde está sentindo, penso que todos perdemos com a queda do gigante alviverde. A rivalidade no futebol exige equipes fortes e a queda de um grande sempre quebra essa máxima.
A queda se anunciava já há várias rodadas, mas sempre havia uma ponta de esperança na reação que nunca aconteceu.
O “parmerense” sempre foi acostumado às academias de futebol e títulos aos montes, qualquer que fosse o troféu em disputa. Nos últimos tempos as glórias rarearam, assim como os ídolos, deixando somente a saudade.
Luxo, agora, seria disputar a Libertadores, mas a queda serviu para aumentar ainda mais a responsabilidade do time, já que uma participação pífia no torneio continental poderá interferir até mesmo na caminhada de volta à série A.
Acompanhei o calvário dos fanáticos, daqueles que colocam para fora o que sentem e posso assegurar que é muito cruel o sentimento de fracasso do ponto de vista do torcedor.
Embora sãopaulino, deixo aqui uma mensagem de fé e esperança ao torcedor verde.
Quero vê-lo (aliás, creio que todos queremos) novamente gritando e torcendo nas arquibancadas, cantando o hino do alviverde imponente, eufórico nas comemorações dos muitos gols que espero possam levá-los de volta ao lugar de onde nunca deveriam ter saído.
Mais ainda, quero que saibam que as derrotas determinam e moldam o caráter do torcedor apaixonado e os mantém íntegros e cada vez mais fortes.
A vibração do torcedor vai realçar aquela que sempre foi a marca registrada do Palmeiras e é cantada em prosa e verso pelos torcedores apaixonados: “sabe sempre levar de vencida e mostrar que, de fato, é campeão!”