sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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A corrupção, sempre ela

Volta e meia, a corrupção ressurge com força total nos noticiários do país afora. Nos últimos meses, o tema entrou com força total e não parece querer sair de moda….

Volta e meia, a corrupção ressurge com força total nos noticiários do país afora. Nos últimos meses, o tema entrou com força total e não parece querer sair de moda. Basta ligar a tevê, acessar a internet ou ler os jornais e ou revistas que as manchetes são sempre as mesmas, envolvendo corrupção em todas as esferas. Seja municipal, estadual ou federal, a corrupção campeia em todas as áreas da administração pública. Queiram ou não, a corrupção é uma praga maldita e tão antiga quanto o próprio homem. Aliás, dizem que eles nasceram juntos e nem causa mais espanto quando ouvimos dizer que “somos todos corruptos”. Que o digam Diógenes e sua famosa lanterna, acesa em plena luz do dia, muitos anos antes de Cristo.

Muitos já afirmaram que a tendência à corrupção faz parte da condição humana e eu, sempre com os meus botões, não me conformando com essa certeza, me pergunto o que leva uma pessoa a corromper e ser corrompida.

As denúncias frequentes de corrupção envolvendo funcionários públicos e agentes políticos provocam enorme abalo na credibilidade dos governos como um todo. Por exemplo, se um deputado é flagrado, a confiança em todos os demais sofre abalo. Se acontece com um servidor, a mesma coisa e assim é em todas os setores públicos.

O pior disso tudo é que a corrupção desenfreada criou uma terrível sensação de impunidade e tem deixado a sociedade impotente. Embora consideremos a corrupção abominável, infelizmente vamos ficando cada vez mais sem forças para reagir, tantas são as denúncias.

Porque razão o exercício do poder deixa as pessoas tão piores do que eram antes de assumir algum cargo ou função pública. Será que é porque o poder nos dá a ilusão de que podemos tudo? Rogamos para que um dia os corruptos descubram, cada um a sua maneira, que o poder é uma ilusão, ainda que muito convincente, ainda que eles acreditem que o poder do dinheiro maldito da corrupção seja uma verdade absoluta.

Mal sabem eles que a única verdade absoluta é que nós, e somente nós, os cidadãos de bem, podemos mudar essa realidade.

Henri Dias é advogado em Fernandópolis (henri@adv.oabsp.org.br)

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