terça, 12 de novembro de 2024
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A arte de cuidar e servir pessoas

Depois de alguns anos vivendo no exterior e várias viagens transculturais tive a oportunidade de ser bem acolhido em vários lugares. Ainda me lembro do sorriso do guia egípcio no…

Depois de alguns anos vivendo no exterior e várias viagens transculturais tive a oportunidade de ser bem acolhido em vários lugares. Ainda me lembro do sorriso do guia egípcio no aeroporto do Cairo, Samuel Gabala, antes mesmo de passarmos pela imigração egípcia, ele exibia uma alegria, uma simpatia. Cheguei depois do meu grupo de 16 pessoas que já estavam dormindo no hotel, grupo ao qual ele denominou “família”. Nunca me esqueci de seu cuidado, um exemplo a ser seguido.

Outra recepção que sempre me vem a memória foi a que senti pelos italianos em Montecatine na Itália. Notei algumas senhoras trabalhando na recepção do Grand Hotel Tettuccio, com um carinho, uma atenção, uma prontidão e alegria naquilo que se propunham: servir e receber os hóspedes. A propósito, em outra situação me recordo de uma especificamente no restaurante Cracker Barrell em Orlando que lembrava a minha avó com tanta atenção e amor no atendimento. Acredite ela agradeceu a Deus conosco quando orávamos pelo pão.

Na minha jornada conheci pessoas com pouco estudo e com uma grande sensibilidade para servir, com um senso enorme de humanidade e o dom da diaconia.

Há alguns anos atrás quando começou esta crise de desemprego que ainda estamos vivendo no nosso país eu era gestor em dois lindos hotéis em Cuiabá. Vivi uma experiência até então nova naquela oportunidade. Tínhamos algumas vagas, que eram poucas e pedimos que um colaborador as anunciasse no “facebook”. Estava já há um ano em Cuiabá e normalmente sempre vinham poucos interessados, mas para nossa surpresa dezenas de pessoas chegaram para deixar o currículo e passar por uma rápida entrevista. Colocamos a maioria delas no restaurante do hotel, onde havíamos preparado para receber um pequeno grupo. Isso durou pouco tempo, recebemos os currículos daqueles que tinham chegado atrasados e os outros passaram em média 30 minutos dentro do hotel. Pedi jarros de água para os garçons e pessoalmente servi um por um daqueles trabalhadores olhando nos olhos e agradecendo a eles por terem vindo, enquanto percebia o olhar deles admirados com a beleza do lugar e a postura elegante dos colaboradores. Apertei muitas mãos e agradeci a muitos suados pelo calor de Cuiabá. Minha humanidade foi testada e não pude deixar de fixar com a minha equipe o quão servir é uma arte, independente de quem seja e da situação.

Depois de deixar o hotel pude treinar e usar as ferramentas do Coaching no mundo corporativo e tenho me dedicado estes últimos anos ao “Life Coaching”, palestras e treinamentos de equipes, sempre compartilhando meios para aperfeiçoar o Dom de servir, cuidar e atender com respeito e humanidade.

Servir é um dom maravilhoso e quem não nasceu com ele deve estudar e treinar, principalmente, se seu ganha pão vem de prestar serviço a alguém. Aprenda a marcar a vida das pessoas com toques positivos, pois o fracasso bate à porta dos ignorantes e insensíveis.

Júlio César coach

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