Faltando 100 dias para o início da Rio 2016, a tocha olímpica foi entregue oficialmente hoje (27) às mãos do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, em cerimônia realizada no Estádio Panatenaico, em Atenas, arena da primeira Olimpíada da era moderna, em 1896. A tocha foi recebida pelo presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman.
A tocha foi acesa semana passada e fez um giro por várias cidades gregas até ser recebida pelo comitê. Antes de chegar ao Brasil, ela fará uma parada na Suíça, onde será exibida em uma cerimônia em Genebra, na sexta-feira (29), e no Museu Olímpico de Lausanne.
A tocha olímpica passará por mais de 300 cidades brasileiras durante três meses, antes de chegar ao Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 5 de agosto, para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. A jornada do símbolo olímpico começa no dia 3 de maio e deverá envolver 12 mil pessoas.
“O Brasil está aguardando a chama olímpica com alegria e paixão. Estaremos aí em breve. Quando chegarmos, vamos entregar a promessa de levar a experiência olímpica a todos os cantos do país, que é bonito por natureza. Todas as capitais dos estados, mais de 300 cidades, 12 mil condutores unidos para transformar nossa nação e construir o futuro que sonhamos”, disse Nuzman.
Em discurso, Nuzman também reafirmou que o Brasil está pronto para receber os Jogos. “Se de fato pudéssemos voltar no tempo até 2009, em Copenhagen, viveríamos mais uma vez o momento de alegria quando fomos presenteados com a honra de sediar os Jogos da 31ª Olimpíada. Aquele foi um momento que nunca esqueceremos. O meu querido amigo, Sr. Spyros Capralos [presidente do comitê olimpíco grego] estava lá. Repito agora o que falamos então: o Rio está pronto para fazer história”.
A cerimônia contou com apresentações culturais brasileiras, com batuque da banda Quilombo, roda de capoeira, e um número de dança e música dirigido por Carla Camurati, diretora de Cultura da Rio 2016. O fogo olímpico foi passado para uma lanterna e de avião seguirá para a Suíça, onde está a sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). Em seguida, um dos maiores símbolos olímpicos segue para o Brasil, desembarcando em Brasília no dia 3 de maio.
Reta final também na preparação
Enquanto as festividades começam a espalhar o clima olímpico no Brasil e no mundo, a cidade-sede passa pelos toques finais na infraestrutura. O Parque Olímpico da Barra, por exemplo, está com 98% das obras concluídas. O local é o principal polo de competições da Rio 2016, com área de 1,18 milhão de metros quadrados, e receberá 16 modalidades.
No período de quase um ano, foram feitos 39 eventos-teste nas arenas olímpicas. O resultado, segundo Gustavo Nascimento, diretor de gestão de instalações do Comitê Rio 2016, é positivo. “Testamos as arenas de competição e temos um nível de conforto sabendo que as nossas arenas estão protegidas para a natureza do nosso negócio, que é o esporte, com as áreas de competição no caminho de finalização e homologação”.
“É óbvio que são testes, há falhas e problemas. Ninguém quer atrasar uma competição ou que nada dê errado. Mas se der errado, queremos garantir que teremos tempo para que nos Jogos não dê. E o resultado final nos deixou muito satisfeitos”, completou Nascimento.
O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, também está satisfeito com o andamento da preparação para o evento, um dos maiores do mundo. “Chegamos a 100 dias dos Jogos muito bem, com as obras praticamente prontas, com apenas detalhes a serem vistos. A avaliação do Comitê Olímpico Internacional (COI) é muito boa e não há dúvidas se vai haver ou não a entrega de equipamentos. Os estádios estão prontos. Penso que estamos muito bem”, disse ao site Brasil2016, do governo federal.
Várias modalidades já têm seus participantes definidos, como modalidades da ginástica, tiro esportivo e ciclismo. Muitos atletas, no entanto, ainda buscam o índice ou posição no ranking para carimbar o passaporte para o Brasil. As vagas só serão totalmente preenchidas em julho, no caso dos Jogos Olímpicos, e agosto, para os Jogos Paralímpicos.