terça-feira, 24 de setembro de 2024
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Diarista pede ajuda para custear cirurgia e evitar a cegueira

A diarista Tamires Aparecida de Oliveira Silva, 31 anos, está fazendo uma vaquinha virtual para custear uma cirurgia ocular, que ficará em torno de R$ 14 mil, e evitar a…

A diarista Tamires Aparecida de Oliveira Silva, 31 anos, está fazendo uma vaquinha virtual para custear uma cirurgia ocular, que ficará em torno de R$ 14 mil, e evitar a cegueira. Ela tem ceratocone, doença que faz com que a córnea se projete para a frente, formando uma saliência em forma de cone, o que compromete a visão.

Tamires foi diagnosticada com a enfermidade aos nove anos de idade, mas, em 2011, após uma consulta médica, foi informada que a doença estava em estágio avançado. Desde então, fazia tratamento no Hospital Oftalmológico de Sorocaba.

Hoje, ela tem apenas 20% de visão em cada olho e precisa passar por um procedimento para o implante de um anel intracorneano, que ajudará a reduzir a irregularidade da córnea e diminuir a sua curvatura, melhorando a qualidade da visão. O custo, porém, é de R$ 7 mil para cada olho.

“O Sistema Único de Saúde não cobre esse procedimento e eu não tenho recursos. Trabalho como diarista e tenho três filhos. Como a nossa saúde pública é péssima, peço a ajuda da comunidade para evitar que eu fique cega”, disse. A vaquinha virtual foi lançada nessa quarta-feira (6) e arrecadou, até agora, apenas R$ 25,00.

Além do implante do anel, ela terá de usar uma lente rígida, que custa R$ 3 mil o par. “É uma lente específica para quem tem ceratocone e precisa trocar todo ano”, explicou.

Ela deverá fazer o procedimento em São José do Rio Preto ou em Ribeirão Preto e, por isso ainda terá de arcar com os custos da viagem e hospedagem.

Doença genética rara
O ceratocone é uma doença genética rara, de caráter hereditário e evolução lenta. É mais comum na faixa etária entre 10 e 25 anos, mas pode progredir até a quarta década de vida ou estabilizar-se com o tempo.

Segundo o Ministério da Saúde, a enfermidade atinge cerca de 150 mil pessoas por ano no Brasil e pode atingir os dois olhos de maneira assimétrica, ou seja, o distúrbio pode afetar mais um olho que o outro. A doença é a principal responsável pelos casos de transplante de córnea.

Por ser uma doença de caráter genético e hereditário, não se conhecem maneiras de prevenir o aparecimento do ceratocone. Porém, é possível controlar a evolução da doença nas pessoas geneticamente predispostas, corrigindo o hábito de coçar os olhos, tratando a rinite alérgica, as alergias dermatológicas e a asma, por exemplo, que podem causar a coceira.

Em 2016, foi criado o Dia Mundial do Ceratocone, em 11 de novembro, com o objetivo principal de conscientizar e informar sobre a doença, que atinge 1 a cada 2 mil pessoas.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Oftalmolpogia pretende chamar a atenção para o perigo de esfregar ou coçar os olhos, alertando que a desinformação pode prejudicar mais do que a doença. No País, foi instituído o Junho Violeta, com informações sobre a enfermidade.

Sintomas
O sintoma mais característico do ceratocone é a perda progressiva da visão, que se torna borrada e distorcida (tanto para longe quanto para perto) e obriga a aumentar com frequência o grau das lentes dos óculos até que a solução é substituí-los por lentes de contato, que podem ser de diferentes tipos.

Há outros sintomas também, como a sensibilidade à luz; comprometimento da visão noturna; visão dupla; e formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto.

Serviço
Quem puder ajuda a Tamires, pode clicar no link da vaquinha virtual https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-custear-minha-cirurgia e contribuir com qualquer quantia. Quem preferir, pode doar pelo PIX 18997988479, em nome de Tamires, ou pela conta bancária da agência 0281 da Caixa Econômica Federal. A conta é 000857131217-4.

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