sexta-feira, 27 de setembro de 2024
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Bolhas dolorosas fazem parte dos sintomas da varíola dos macacos

Atualmente, o Brasil registra oito casos confirmados da doença, sendo que quatro estão no estado de São Paulo. O g1 ouviu nesta terça-feira (21), os médicos infectologistas de Santos, no…

Atualmente, o Brasil registra oito casos confirmados da doença, sendo que quatro estão no estado de São Paulo. O g1 ouviu nesta terça-feira (21), os médicos infectologistas de Santos, no litoral de São Paulo, Evaldo Stanislau e Marcos Caseiro, que explicaram o quadro de “bolhas” que afetam os pacientes infectados pela varíola dos macacos. Ambos afirmam: são indolores, mas carregadas de vírus.

Segundo o Ministério da Saúde, passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa que apresente bolhas na pele de forma aguda e inexplicável. Os especialistas afirmaram que as vesículas, termo correto para as “bolhas” que aparecem na pele dos infectados, são parte dos sinais característicos da doença. “Nelas, existe um líquido com grande quantidade de vírus”, disse Stanislau.

Segundo o infectologista, as vesículas evoluem ao mesmo tempo e de forma semelhante para um conteúdo purulento, com pus. “Depois disso, viram crostas que ao desaparecer podem deixar cicatrizes no local”.

Stanislau explica, ainda, que as erupções podem levar de três a quatro semanas para desaparecerem. Apesar de pacientes com suspeita da doença relatarem que as bolhas são dolorosas, o médico afirma que as vesículas da varíola dos macacos costumam coçar, mas não doer. “Não tem dor, só se infeccionar”, disse.

O infectologista do Hospital Guilherme Álvaro, Marcos Caseiro, explicou que as lesões elementares são comuns em muitas doenças infecciosas e confirmou que, diferente de outras doenças virais e que causam essas vesículas, as “bolhas” da varíola não são dolorosas.

Caseiro explica que esse processo se trata de uma fase evolutiva das vesículas. “Não se deve romper essas bolhas. Elas se rompem naturalmente e formam crostas”. Assim, segundo ele, podem-se evitar infecções secundarias, já que elas estão cheias de bactérias.

O Ministério da Saúde ressalta que o contágio do vírus se dá pelo contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas.

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