quarta-feira, 25 de setembro de 2024
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Tutora reencontra cãozinho que estava desaparecido há quase três anos

Depois de dois anos e oito meses de buscas, uma moradora de Montes Claros (MG) enfim reencontrou o seu cachorrinho de estimação através das redes sociais. O vira-lata Aron desapareceu…

Depois de dois anos e oito meses de buscas, uma moradora de Montes Claros (MG) enfim reencontrou o seu cachorrinho de estimação através das redes sociais. O vira-lata Aron desapareceu em dezembro de 2019 ao se soltar da coleira enquanto passeava com a tutora em um parque. De lá pra cá, a auxiliar de docência, Thaís Pereira Soares, viveu dias angustiantes de uma procura que parecia não ter fim, mas ela nunca desistiu.

“Às vezes eu tinha dúvida se iria encontrá-lo, mas nunca passou pela minha cabeça desistir. Sempre mantive o mesmo número de telefone e minhas redes sociais, na expectativa de que alguém entraria em contato. Quando via divulgação de casos de maus-tratos eu chorava demais e isso me dava mais força para procurá-lo”.

Aron já tinha fugido de casa outras vezes e sempre retornava. Thaís conta que no momento que ele desapareceu durante o passeio, no bairro Canelas, chegou a pensar que o cãozinho teria retornado para casa por outro caminho, já que o parque ficava nas proximidades.

“Ele era muito fujão, mas sempre voltava. O máximo que já tinha ficado sumido foi um dia. Quando percebi que ele não voltava, eu desesperei. Inicialmente, eu procurei em todo o bairro, nos comércios, colei cartazes em postes”.

Com o intuito de fazer com que o apelo chegasse a mais pessoas, Thaís criou uma página na rede social ‘Procura-se Aron’, cerca de um mês após o desaparecimento e chegou a oferecer a recompensa de R$ 500.

“A partir da página, muitas pessoas entraram em contato indicando que tinha encontrado um cachorro perdido que poderia ser o Aron. Eu sempre ia, mas nunca era ele. Meu coração enchia de esperança e depois dava uma tristeza. Chegou um tempo que eu até me acostumei porque foram muitas vezes”.

No início deste mês, após fazer uma postagem na página contando como foram os anos de buscas ininterruptas e reafirmando que não desistiria de encontrá-lo enquanto houvesse esperança, Thaís foi surpreendida com uma mensagem de uma seguidora.

“Ela me enviou uma publicação de um grupo de facebook de cachorro perdido dizendo que tinha um animal que parecia muito com ele e realmente era igualzinho. Eu entrei em contato com a pessoa que tinha feito a postagem e ela me levou até a casa de uma amiga dela, onde o Aron estava”.

A moradora havia encontrado o cachorro perdido na porta da casa dela, no bairro Jardim Alvorada, fazia apenas dois dias. Ele estava bem cuidado e usava uma coleira amarela. A suspeita é de que Aron estava com outra família e tenha fugido de lá também.

“De imediato, eu já reconheci ele, mas na hora, ele não teve a reação que eu esperava, não ficou eufórico. Por esse motivo, cheguei a ter um pouco de dúvida se era ele mesmo, levei pra casa e depois, tive certeza. Ele tinha uma cicatriz na virilha e uma manchinha na pata que permanecem iguais. Uma dia após voltar para casa, ele já se comportava como antes e já está atendendo pelo nome”.

As brincadeiras, o carinho e os passeios também já foram retomados, agora com cuidado redobrado.

“Daqui para frente, eu vou valorizar ainda mais cada momento com ele. Curtir a companhia dele e tomar muito cuidado para não fugir (brinca). É um alívio muito grande saber que ele está bem. Além da falta que ele fazia que não dá para descrever, minha principal angústia era não saber se ele estava bem cuidado”.

Adoção de Aron
Aron foi abandonado dentro de uma lixeira na casa de Thaís ainda filhote em 2017 e veio para realizar um sonho de infância dela, que sempre desejou ter um cachorrinho.

Thaís mora com os pais e eles não permitiam que ela tivesse um animal, mas com Aron foi tudo diferente.

“Ele chegou aqui doente com parvovirose. Como já sabia que os meus pais não permitiam, falei com eles que ficaria somente durante 10 dias até que ele melhorasse e depois procuraria alguém para adoção. Passado esse período, meu pai disse que eu poderia ficar desde que eu me responsabilizasse a cuidar. Na hora, foi uma surpresa muito grande”.

Ela conta que o comportamento de Aron fez com que a família mudasse de ideia. Ele era tranquilo e sempre muito carinhoso.

“Pelo fato de ter sido abandonado, ficou carente. É muito carinhoso também e meu pai se apegou. Esse era o meu sonho de infância, já chorei muito querendo ter um cachorro. Eu escolhi o nome pra ele e desde que ele chegou aqui, somos muito apegados. Ele é como se fosse um filho para mim”, conclui.

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