quarta-feira, 25 de setembro de 2024
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Hang tem perfis retidos no Twitter, Instagram, YouTube e TikTok

O perfil do empresário bolsonarista Luciano Hang, da Havan, foi retido no Twitter, no Instagram e no TikTok. O canal dele no YouTube também aparece indisponível nesta quinta-feira (25). A…

O perfil do empresário bolsonarista Luciano Hang, da Havan, foi retido no Twitter, no Instagram e no TikTok. O canal dele no YouTube também aparece indisponível nesta quinta-feira (25).

A página no Twitter informa que a decisão foi tomada por ordem judicial. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça, como parte da investigação contra empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo no WhatsApp. Entre eles, Hang.

Procurados pelo g1, o Twitter e o YouTube, que pertence ao Google, e o TikTok confirmaram que as contas de Hang ficaram indisponíveis para atender a uma ordem judicial do STF. O YouTube completou que “processo corre sob segredo de Justiça”. A Meta, dona do Instagram, disse que não comentará.

Em nota divulgada pela Havan (leia na íntegra ao fim da reportagem), a empresa afirma que Hang foi “vítima de nova censura” — ele já teve as redes bloqueadas anteriormente.

Os oito empresários também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Moraes ordenou ainda o bloqueio de contas bancárias, a quebra de sigilo bancário e a tomada de depoimentos deles.

O perfil de Hang no Instagram está restrito. “Recebemos uma solicitação legal para restringir este conteúdo”, diz o Instagram. “Após a análise, restringimos o acesso ao conteúdo na localização em que ele vai contra a lei local”.

A conta do empresário no YouTube ficou indisponível e passou a exibir um aviso de que “este canal não está disponível em seu país”.

Bloqueios anteriores
Hang já teve o acesso restrito aos seus perfis no Twitter em outras ocasiões. Em janeiro deste ano, a rede social suspendeu a conta do empresário por conta de uma ordem judicial. O acesso foi restabelecido três dias depois.

Em julho de 2020, Moraes, já como ministro do STF, determinou o bloqueio de perfis de 16 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, incluindo Hang. A decisão fez parte do inquérito das fake news, que apura ataques e disseminação de informações falsas contra ministros do STF.

Leia nota da Havan sobre Luciano Hang:

“O empresário Luciano Hang foi vítima de nova censura na tarde desta quinta-feira. Hang teve as contas do twitter, com mais de 835 mil seguidores e do Youtube com 351 mil inscritos censuradas. A censura se deu em virtude de uma narrativa criada após uma reportagem do Metrópoles, que teve acesso a conversas de um grupo de WhatsApp fechado.

Com o bloqueio do Twitter e Youtube, Hang foi censurado e perdeu acesso a todas as suas redes sociais, que juntas somavam mais de 12 milhões de seguidores. A conta bancária do empresário também foi bloqueada. “Isso é um ataque à democracia e à liberdade de pensamento e de opinião. Comecei a me manifestar politicamente porque eu não aguentava mais todos os desmandos desse país. Querem me calar. Mas eu sou a voz de milhões de brasileiros de norte a sul do Brasil. Me calando, calam a voz de todos que se sentem representados por mim. Tenho certeza que tudo foi arquitetado para derrubar as minhas redes sociais para prejudicar o presidente Bolsonaro”, afirma.

Às vésperas das eleições presidenciais, o empresário foi censurado em todas redes sociais, mesmo o processo sendo referente à supostas conversas em um grupo privado de WhatsApp. “Eu nunca arquitetei golpe algum. Sou um defensor da liberdade e da democracia. Em minhas redes sociais, sempre passei mensagens de otimismo, empreendedorismo, economia e minha visão política. É um absurdo um cidadão não poder nem mais falar o que pensa, nem em um grupo entre amigos ou família no WhatsApp. Onde já se viu um ativista político não poder se manifestar sobre política. Vivemos tempos sombrios no nosso país, onde um lado pode tudo, tem toda a grande imprensa a favor e o outro nada pode. Estamos sendo perseguidos e censurados como bandidos. Isso não é democracia, é ditadura”, finaliza.”

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