sábado, 21 de setembro de 2024
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Não têm pé nem cabeça, diz Lula sobre manifestações pelo país

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista coletiva na saída do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, 9, após um dia de agenda cumprida em…

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista coletiva na saída do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, 9, após um dia de agenda cumprida em Brasília e falou sobre as manifestações que ocorrem pelo país. Segundo o petista, são aglomerações sem “pé nem cabeça”.

“Essas pessoas que estão protestando, sinceramente, não tem motivos para protestar”, disse. “E eu acho que é preciso detectar quem está financiando esses protestos, que não tem pé nem cabeça. [São atos com] Ofensas à autoridades, ameaças de fechamento, agressão verbal, coisa que eu que fui dirigente sindical, eu que fiz greve, não tinha motivo de utilizar isso”, acrescentou. Protestantes tomaram as ruas após o segundo turno das eleições presidenciais no dia 30 de outubro para manifestar descontentamento com o retorno de Lula e seu partido ao poder.

Na primeira coletiva de imprensa desde o segundo turno das eleições, o novo mandatário também afirmou que não irá interferir nas eleições para presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Em um aceno ao atual comandante da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista disse que quem vai escolher o representante máximo das Casas Legislativas serão os próprios congressistas e que o Palácio do Planalto irá dialogar com os presidentes. “Nosso papel é saber que não cabe ao presidente da República interferir no funcionamento da Câmara e do Senado. Nem eles interferem no nosso comportamento e nem nós no deles”, disse. Ao ser questionado sobre o Centrão e de que maneira o Partido dos Trabalhadores irá dialogar com os partidos deste bloco, o chefe do Executivo recém-eleito ressaltou que seu governo terá de aprender a dialogar com estes parlamentares e que o Congresso, seja ele com maioria de partidos do centro ou não, “não irá criar problemas”.

“Vou tentar convencer todas as pessoas de que todas as propostas que vamos mandar tenham o maior número de votos. Nós precisamos recuperar o Farmácia Popular, precisamos recuperar o Minha Casa Minha Vida. Se depender de mim, dia 2 de janeiro, já coloco obras para funcionar. Não podemos ficar chorando se vai gastar. Muita coisa que as pessoas acham que é gasto, eu acho que é investimento. A primeira coisa é acabar com a fome”, pontuou. Perguntado sobre a oposição ao seu governo, Lula disse que ainda não sabe quem será oposição ou situação. Na última terça-feira, o Partido Liberal (PL), que abrigou a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, anunciou seu posicionamento contrário ao novo governo eleito. Nas palavras do presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, o PL será “oposição ao comunismo e ao socialismo”. O líder petista, por sua vez, pontuou que conversou com Arthur Lira (PP-AL) e com Rodrigo Pachedo (PSD-MG), presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e ressaltou que “há concordância daquilo que queremos” – manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e do aumento real do salário mínimo.

Lula também falou sobre o orçamento do próximo ano, alvo de críticas, e disse que a elaboração ainda está em pauta. “Tudo vai acontecer no tempo certo”, disse. Por fim, Lula anunciou que divulgará os nomes que irão compor os ministérios assim que retornar de uma viagem que fará ao Egito.

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