domingo, 22 de setembro de 2024
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Recrutado em jogos online, jovem é preso por apologia ao nazismo

Um homem de 19 anos, recrutado por neonazistas quando tinha 13 anos através de jogos online, foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (17) em Porto Belo, no Litoral Norte…

Um homem de 19 anos, recrutado por neonazistas quando tinha 13 anos através de jogos online, foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (17) em Porto Belo, no Litoral Norte catarinense, segundo o delegado Arthur Lopes.

Ele é suspeito, conforme a polícia, de espalhar ódio contra negros e judeus nas redes sociais, onde também fazia apologia ao nazismo. Além disso, o jovem responde pelo crime de stalking, ou perseguição, contra uma adolescente no Paraná.

Conforme a Polícia Civil, a todo momento o suspeito procurava, consumia e divulgava conteúdo de ódio e tinha interesse em ataques terroristas.

Ainda segundo a investigação, ele já tinha sido alvo de mandado de busca e apreensão em agosto do ano passado, quando foram apreendidos na casa dele equipamentos eletrônicos portáteis.

Com o fim das investigações, a polícia entregou o inquérito à 40ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, criada especialmente para identificar grupos que apoiam o movimento nazista.

Recrutamento online
O delegado responsável pelo caso, Arthur Lopes, afirmou que o suspeito foi recrutado por neonazistas através de um videogame quando tinha 13 anos. Isso porque os jogos online permitem que os jogadores se comuniquem através de chats.

Segundo o delegado, só meninos são alvo dos neonazistas. Durante os jogos, os recrutadores faziam nos chats piadas racistas, antissemitas, misóginas, homofóbicas.

Dessa forma, os jogadores recrutados são estimulados a elevar a crueldade nos comentários. Assim, cria-se a cultura que, dentro do grupo, são normais comentários de racismo, antissemitismo, misoginia e homofobia.

Mais tarde, os recrutados são convidados a fazerem parte de um jogo de “brincar de ser nazista”, em que os jogadores publicam mensagens de ódio contra minorias nas redes sociais. Quanto mais violento e nojento for o comentário, mais quem o fez é valorizado pelos neonazistas.

Conforme o delegado, não é raro encontrar nos computadores dos recrutados imagens de zoofilia e pedofilia. Também não é raro que os recrutadores sejam pedófilos.

Histórico
O suspeito preso nesta sexta já tinha um histórico criminal de violência na escola, de acordo com o delegado, quando era adolescente. Ele também publicava mensagens racistas e antissemitas há anos.

Ele chegou a agredir uma professora com um soco na boca em sala de aula e não aceitava ser ensinado por um professor negro.

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