Foi sepultado na tarde deste sábado, dia 17, o corpo da médica Arianne Estevan Albuquerque Risso, de 34 anos, uma das vítimas da queda do avião ATR da Voepass, ocorrida em 9 de agosto em Vinhedo, São Paulo.
O cortejo saiu do templo da 1ª Igreja Batista por volta das 15h00 e, acompanhado por amigos, familiares e conhecidos, o corpo foi sepultado no Cemitério da Consolação, em Fernandópolis. Uma viatura da Secretaria de Trânsito auxiliou na interdição parcial da Avenida Libero de Almeida Silvares e no deslocamento do corpo até o cemitério.
Arianne foi velada desde as 13h00 do sábado, quando o corpo chegou à cidade após dias no IML Central, na capital paulista. Ainda na noite anterior, um culto fúnebre foi realizado, com a participação de familiares e amigos. O marido de Arianne, Leonardo Risso, prestou uma homenagem à esposa ao executar uma canção que emocionou a todos os presentes.
Por volta das 0h00, o velório foi encerrado e retomado às 6h00 deste sábado, quando dezenas de pessoas passaram pelo local entre sexta e sábado para dar o último adeus à médica, que sonhava com a oncologia.
A Trajetória de Arianne
Nascida em Cuiabá, Mato Grosso, Arianne Risso veio para Fernandópolis estudar medicina, onde conheceu Leonardo Risso, com quem se casou. Após se formar e se especializar em geriatria, atuou como médica no Programa Saúde da Família na Unidade Básica de Saúde do bairro.
Em 2020, deixou Fernandópolis para se especializar em oncologia em um hospital na cidade de Cascavel, Paraná, para onde se mudou com o marido.
O Desastre Aéreo
No dia 9 de agosto, Arianne embarcou com um grupo de médicos rumo a Campinas, interior de São Paulo, para participar de um congresso médico. O grupo, junto a outros passageiros, totalizando 62 pessoas, optou pelo voo da Voepass, que partiu de Cascavel com destino ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.
A tripulação do avião da Voepass perdeu o controle da aeronave durante o voo. A conclusão está no novo relatório do Cenipa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, divulgado na última quinta-feira, dia 15. A atualização se baseou em dados do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal do Alagoas, que identificou três possíveis cenários climáticos que podem ter contribuído para a queda do avião: turbulência, formação de gelo por ciclone extratropical e fumaça de queimadas.
O avião caiu em uma área residencial em Vinhedo e explodiu, deixando um rastro de destroços. Vídeos divulgados nas redes sociais no momento do acidente mostram a queda da aeronave e o estado em que ficou o local. Alguns corpos ficaram espalhados e ainda queimavam após o ATR explodir.